Caso Hotel Turismo: Concelhia do PSD/Guarda desmente PS local


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Cresce a polémica em redor da assinatura do contrato de concessão do Hotel Turismo da Guarda, formulado em Lisboa e não na Guarda como o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, e muitos outros políticos da cidade e da região estavam convictos de que assim aconteceria.
Depois de ontem a Concelhia do PS/Guarda ter referido, em comunicado, que «nenhum contrato de concessão, que fosse incumbência da Secretaria de Estado do Turismo, foi assinado na cidade respectiva», tentando, assim, desmentir o autarca social-democrata Álvaro Amaro que tinha afirmado que «o Governo assinou dois contratos de concessão, no âmbito do programa Revive, em Elvas e nas Caldas da Rainha, não o tendo feito na Guarda por vergonha e falta de respeito institucional». Os socialistas da Guarda referem que nas Caldas da Rainha, «tal como na Guarda, foi assinado o memorando de entendimento do Revive» e que em Elvas «foi o Município – e não o Governo – que lançou o concurso referente ao Convento de São Paulo, uma vez que o imóvel estava concessionado a esta autarquia».
Hoje, a Concelhia do PSD/Guarda vem desmentir os socialistas dizendo, em comunicado, que «tal afirmação falha frontalmente à verdade e é facilmente refutada», tendo em conta as «notícias elaboradas por órgãos de comunicação regionais na sequência da assinatura dos contratos de concessão do Convento de São Paulo em Elvas e do Parque Termal D. Carlos nas Caldas da Rainha [https://gazetacaldas.com/sociedade/pavilhoes-do-parque-ja-foram-concessionados-a-visabeira/ e http://www.perspetiva.com/actual/vila-gale-convento].
«Em ambos os casos os contratos de concessão foram celebrados nas sedes dos municípios que receberão os investimentos feitos ao abrigo do programa “REVIVE” e contaram com uma cerimónia pública e declarações dos diversos intervenientes no final da assinatura», sublinha a Concelhia do PSD, questionando, por isso, «afinal quem mente?».
«Se desconfiávamos que algo podia ter a ver com o facto de não se ter celebrado o contrato na Guarda, o conteúdo do comunicado hoje [ontem] anunciado não deixa grandes margens para dúvidas que assim aconteceu, no que constitui uma forma de fazer política ultrapassada e que já se não utiliza», referem ainda os social-democratas.
E questionam: «De que tem medo o PS local? O imóvel a recuperar está na nossa cidade, a empresa vencedora do concurso é do nosso Distrito, que mais razões seriam necessárias?»
Os social-democratas adiantam que «certo é que, por vergonha ou não, também a Secretária de Estado do Turismo e o Ministro da Economia, cuja presença estava prevista na Guarda nesta segunda e terça-feira para a abertura e encerramento do Fórum de Turismo Interno também cá não compareceram provavelmente com receio de serem confrontados com a forma desajustada do procedimento».
A concelhia social-democrata diz ainda que o PS “bem pretende apagar a imagem que deixou no processo do Hotel Turismo, mas não o conseguirá”.
O PSD recorda que foi o PS – na Câmara Municipal da Guarda e no Governo – que «promoveu o encerramento do Hotel» e «colocou os seus mais de 30 trabalhadores no desemprego». Foi também o PS, segundo a nota, «quem promoveu o vergonhoso leilão do recheio do Hotel Turismo depauperando a história da cidade» e «amputou a Guarda deste seu património durante pelo menos sete anos». «Esses louros podem ficar com eles todos», conclui a Comissão Política de Secção do PSD/Guarda.