Cirurgia de Ambulatório do hospital de Seia destaca-se na avaliação do regulador


A Entidade Reguladora da Saúde atribuiu Excelência Clínica ao hospital da Guarda e ao hospital de Seia na primeira avaliação de 2017, mas só Cirurgia de Ambulatório de Seia é que consegue nota de qualidade máxima. O serviço de Ginecologia, que obteve nota máxima nas últimas avaliações, tem nesta avaliação nível de qualidade média à semelhança das restantes áreas avaliadas no hospital da Guarda.
A Entidade Reguladora da Saúde divulgou na semana passada os resultados da primeira avaliação de 2017 do módulo SINAS@Hospitais do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), relativa à dimensão Excelência Clínica. Os hospitais da Guarda e de Seia são considerados de excelência clínica, mas só a Cirurgia de Ambulatório de Seia é que recebeu nota de qualidade máxima. Esta valência obteve nota máxima em seis dos sete indicadores avaliados.
A avaliação atribuiu Excelência Clínica a nove áreas do hospital da Guarda avaliadas, mas em nenhuma obteve nota máxima contrariamente ao que sucedeu em avaliações anteriores. O serviço de Ginecologia desde 2013 que registava nota máxima (nível de qualidade três +++) no SINAS. Desta vez, a avaliação atribuiu nota de nível dois (++). Está em causa a actuação ao nível das histerectomias, avaliando-se a seleção e a administração atempada do antibiótico (profilaxia de infeção) em “doentes-padrão” submetidas a este tipo de intervenção. Avalia-se a também correta prescrição e a administração atempada da prevenção do tromboembolismo venoso (TEV) nestes doentes.
Em todas as áreas avaliadas a ERS atribuiu nota de qualidade média (++). Nas áreas da Cardiologia foram avaliados os cuidados prestados no momento inicial do internamento aos “doentes-padrão” com diagnóstico de Enfarte Agudo do Miocárdio, bem como a prescrição de terapêutica adequada no momento da alta. Avalia-se o risco da mortalidade intra-hospitalar associada ao diagnóstico de Enfarte Agudo do Miocárdio, ajustada às características específicas de cada doente. Em Cirurgia de Ambulatório procedeu-se à avaliação do cumprimento de procedimentos da Cirurgia em Ambulatório – que garantam a qualidade e segurança de intervenções cirúrgicas com tempo de estadia no hospital inferior a 24 horas – relativamente a “doentes-padrão”. Em Obstetrícia a analisa-se a ocorrência de cesarianas, partos vaginais, partos programados e lacerações perineais graves. Avalia-se também a correta prescrição e administração de esteróides antes do parto. Em Ortopedia avalia-se a mortalidade intra-hospitalar associada nestes doentes que se submeteram a cirurgias de correção de fraturas proximais do fémur, ajustada às características específicas de cada doente
Em Pediatria analisam-se os Cuidados Neonatais, ao nível da mortalidade, ocorrência de infecções e a amamentação e os procedimentos de diagnóstico e terapêutica ao nível das pneumonias.
Os resultados agora publicados são relativos a procedimentos e/ou diagnósticos nas áreas de Angiologia e Cirurgia Vascular (Cirurgia de Revascularização Arterial), Cardiologia (Enfarte Agudo do Miocárdio), Cirurgia de Ambulatório, Cirurgia Cardíaca (Cirurgia Valvular e outra Cirurgia Cardíaca não Coronária e Cirurgia de Revascularização do Miocárdio), Cirurgia Geral (Cirurgia do Cólon), Cuidados Intensivos (Unidade de Cuidados Intensivos), Cuidados Transversais (Avaliação da Dor Aguda e Tromboembolismo Venoso no Internamento), Ginecologia (Histerectomias), Neurologia (Acidente Vascular Cerebral), Obstetrícia (Partos e Cuidados Pré-Natais), Ortopedia (Artroplastias da Anca e Joelho e Correção Cirúrgica de Fraturas Proximais do Fémur) e Pediatria (Pneumonia e Cuidados Neonatais). A avaliação incidiu sobre episódios de internamento com alta entre 1 de Julho de 2015 a 30 de Junho de 2016, reflectindo o desempenho anual dos prestadores, com base em informação fornecida pelos mesmos.