Contr(a)gosto


Agosto, o tradicional mês das férias, atravessa-se na pandemia não deixando grandes espaços a que este tempo de descanso se viva sem cautelas!
A vida tenta retomar uma aparente normalidade. Uma normalidade escondida atrás das máscaras e dos medos com que enfrentamos cada momento do dia.
Um medo que sustenta decisões de partida para férias, ou já de recomeço de trabalho!
Decisões a tomar agora e que terão repercussões no futuro incerto!
Entre estas, vivem os jovens que finalizaram o secundário a angústia das candidaturas ao ensino superior sempre vincada pelo peso da nota de entrada no curso preferido! Uma candidatura agora atrapalhada pela indefinição do que será o próximo ano letivo (à distância ou presencial).
Muitos optarão decerto por escolhas mais perto de casa… e assim, a oferta acrescida que o Instituto Politécnico da Guarda este ano disponibiliza com mais 71 vagas e duas novas licenciaturas, pode revelar-se, nesta incerteza, uma tábua de salvação para quem prefere não arriscar uma ida para longe de casa.
No entanto este aumento de 10% em relação ao ano anterior na oferta do IPG (o maior a nível nacional) não pode ficar apenas pelo simples crescer quantitativo, devendo ser aproveitado pela instituição para se relançar no panorama educativo e conseguir que a sua taxa de ocupação real aumente em relação a anos transatos.
Como hoje uma instituição de ensino superior não vive apenas dos alunos a quem ministra formação, seria bom que o IPG pusesse mais cuidado, na imagem que passa, nos projetos em que se envolve com a comunidade e mostrar que se pode e deve assumir como o motor e cimento desses projetos.
Após o sucesso do reconhecimento oficial pela Unesco do Geopark Estrela, associação a que o instituo preside, seria desejável que a ligação que tal conseguiu se mantivesse e que a instituição de ensino fosse capaz de liderar um projeto intermunicipal capaz de gerir egos e valorizar o coletivo.
As recentes declarações do autarca de Manteigas quanto ao funcionamento da associação mostram que, por ali, nem tudo vai bem! Como não esteve na gestão do estudo sobre o diagnóstico da habitação no mesmo concelho, cujos dados seriam extrapolados para a região e divulgados publicamente.
Erros a evitar para que o IPG cresça e ajude a crescer!