Costa pede ao “Movimento pelo Interior” antecipação de propostas contra a desertificação


O primeiro-ministro pediu hoje aos responsáveis do “Movimento pelo Interior” a antecipação dos seus calendários para a apresentação de medidas para uma reforma estrutural nos domínios da fiscalidade, educação e presença do Estado no território.
Esta posição de António Costa foi transmitida aos jornalistas pelo presidente da Câmara da Guarda, o social-democrata Álvaro Amaro, em São Bento, no final de uma hora de reunião dos principais membros do “Movimento pelo Interior” com o primeiro-ministro.
Além de Álvaro Amaro, em representação do “Movimento pelo Interior”, estiveram presentes na reunião o presidente da Câmara de Vila Real, o socialista Rui Santos, o antigo ministro social-democrata Silva Peneda, e o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Politécnicos, Nuno Mangas.
Em declarações à agência Lusa e à TSF, Silva Peneda salientou que a conversa com o primeiro-ministro “correu muito bem”.
“Se querem pôr um epíteto a este movimento – chamem-lhe ‘Bloco Central’ ou outra coisa -, digo antes que é um movimento reformador e, por isso, o patrocínio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, é importante. As reformas que defendemos só podem ser feitas com um grande consenso político. Uma força política, sozinha, por mais força que tenha, não consegue levá-las a cabo”, sustentou o antigo ministro dos governos liderados por Cavaco Silva.
Neste contexto, Álvaro Amaro adiantou que o primeiro-ministro, durante a reunião, fez um pedido: “Se era possível anteciparmos o nosso calendário para que este movimento se pudesse extinguir no final do primeiro semestre do próximo ano”.
“Com este movimento reformador, o país vai conhecer uma discussão profunda sobre medidas concretas para o interior do país, designadamente em áreas como a política fiscal, o papel do Estado no território e a educação”, frisou o presidente da Câmara Municipal da Guarda.