Federação de Bombeiros da Guarda pede que seja seguido exemplo de autarquia de Manteigas sobre testes


O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda (FBDG) disse hoje que gostaria de ver «replicado» o exemplo da Câmara Municipal de Manteigas que suporta testes de rastreio dos voluntários locais à Covid-19. «Gostaríamos de ver replicado o exemplo de Manteigas em todas as 23 associações, sabendo que a Câmara Municipal da Guarda também o quer fazer», disse hoje à agência Lusa Paulo Amaral, que também é o presidente da direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mêda.
O município de Manteigas anunciou, no dia 3 de Abril, numa publicação na sua página oficial do Facebook, que contratou um laboratório «para rastrear todos os trabalhadores dos Lares, do Centro de Saúde e bombeiros da área do município», medida que foi hoje elogiada pelo presidente da direcção da FBDG. O caso de Manteigas «pode ser um bom exemplo a seguir com determinação» em todo o distrito, disse Paulo Amaral, alegando que «tudo o que seja protecção é bom».
O presidente da FBDG disse ainda à Lusa que nas 23 corporações de bombeiros do distrito são conhecidos casos de «dois ou três” bombeiros infectados com Covid-19 e «uma dezena» de suspeitos, sem especificar em que localidades ocorrem as situações. Segundo o responsável, os equipamentos de protecção individual para responder às solicitações da Covid-19 distribuídos pelo Governo têm sido insuficientes e algumas associações humanitárias da região estão a “suportar aquilo que é o peso do Estado». «Muitas das associações por si, as próprias direcções, suportam essas despesas. E eu sei que algumas associações têm algumas dificuldades e que essas dificuldades são gerais. Acresce que alguns municípios vão oferecendo aos bombeiros algumas máscaras e algum pequeno equipamento de protecção individual», relatou.
Paulo Amaral referiu ainda o caso de associações humanitárias como a da Mêda, a que preside, onde a direcção, nas dificuldades, vai «comprando e resolvendo o problema» da falta de equipamento de protecção individual. A maioria das Câmaras Municipais da região decidiu pagar mais cedo os apoios às associações e a FBDG pediu à Unidade Local de Saúde da Guarda que fizesse a antecipação dos prazos dos pagamentos, rematou.