Líder da Distrital do PSD garante que nenhum dirigente nacional, distrital ou local lhe indicou o nome de Cidália Valbom para candidata à Câmara da Guarda


Cidália Valbom, presidente da Assembleia Municipal da Guarda, revelou, em entrevista ao TB (publicada na edição desta semana), que, após a saída de Álvaro Amaro para o Parlamento Europeu, «dirigentes partidários do PSD local e regionais» a desafiaram a ser candidata à presidência da Câmara, salientando mesmo que, algumas das pessoas que a incentivaram têm «responsabilidades políticas importantes agora», sem contudo revelar se se referia, por exemplo, a Carlos Condesso, recentemente eleito líder da Distrital do PSD.
Instado a comentar esta declarações, Carlos Condesso esclareceu, desde logo, que não há dirigentes regionais no PSD e assegura que, «enquanto presidente da Distrital», não lhe foi «indicado o seu nome [Cidália Valbom] por nenhuma estrutura do PSD ou por qualquer dirigente nacional , distrital ou até local, muito menos pelo presidente do partido [Rui Rio]. «Para mim isto é um não assunto. É pública a deliberação que a Distrital tomou e é essa indicação que está na Comissão Política Nacional para decisão. O resto é tudo ruído», adiantou.
Mas será que Carlos Condesso a desafiou para ser candidata? O líder da distrital é claro ao dizer que «nunca desafiou nem a doutora Cidália, nem nenhum outro militante para ser candidato à Câmara Municipal da Guarda». «O que Carlos Condesso fez foi receber na Distrital aquela que foi a indicação para a Guarda, tomou uma decisão, como também recebeu aquilo que foram indicações já para grande parte do processo eleitoral de outros concelhos do distrito», acrescentou.
O dirigente informa que «a Distrital tem o processo da escolha dos candidatos dos 14 concelhos do distrito da Guarda numa fase muito avançada», garantindo que «neste momento o processo está tratado em 90 por cento dos concelhos, faltando apenas a parte burocrática formal». «Isto é que interessa ao presidente da Distrital e à Distrital, o resto é tudo ruído. E, neste momento, a Distrital está muito empenhada em que este processo tenha o maior sucesso possível. Está a escolher, de entre os disponíveis, os melhores candidatos», disse ainda Carlos Condesso.
Garante que a Distrital sempre tratou «a questão da Guarda com muita seriedade, com muita responsabilidade e com muita transparência, quer para com a Nacional quer para com a Concelhia» e que «nunca houve nenhuma pressão quer por parte da Distrital para com a Nacional, quer por parte da Nacional para com a Distrital, para aprovar qualquer nome».
O líder distrital desconhece se será amanhã ou Sexta-feira que a Comissão Política Nacional decidirá sobre a candidatura da Guarda, mas acredita que «a questão não se deverá arrastar por muito mais tempo». Na sua opinião, o presidente do partido «guarda muito para si a questão dos anúncios e tratando-se de uma capital de distrito e, conhecendo-o como conheço, não o dirá nem à própria sombra».
«Se a direcção nacional cumprir as orientações que ela própria aprovou, que é os presidentes de câmara em funções que queiram e possam candidatar-se serão candidatos, se bem conheço o partido, esta decisão poderá recair sobre o actual presidente da Câmara, Carlos Chaves Monteiro», disse ainda ao TB Carlos Condesso.
Questionado se Sérgio Costa, actual líder da Concelhia e ele próprio interessado em ser candidato, deixará de ter condições para continuar no cargo caso se confirme a escolha do actual presidente do Município, Carlos Condesso escusa-se a comentar, optando por afirmar que, «seja quem for o escolhido, no minuto seguinte deve haver uma união de todos os militantes do PSD, sejam da concelhia ou do PSD, na generalidade dos militantes, porque o PSD tem que ter essa responsabilidade, independentemente de em quem recair essa decisão».