Plataforma anuncia compromisso do Governo para redução das portagens no Interior


A Plataforma pela Reposição das Scut na A23 e A25 anunciou hoje que haverá uma redução das portagens a curto prazo, de acordo com um compromisso assumido pelo Governo. «Aquilo que a ministra [da Coesão Territorial] se comprometeu foi: Uma redução ainda este ano e a curto prazo, e o estudo anual para continuar este caminho. Portanto, redução este ano, já, e depois continuar a discutir a continuação do caminho de reduções», afirmou Luís Garra, da União de Sindicatos de Castelo Branco, entidade que integra a Plataforma.
Este responsável falava em conferência de imprensa realizada hoje, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, com o objectivo de dar a conhecer as principais conclusões de uma reunião realizada na segunda-feira entre elementos da Plataforma, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e o secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado.
Um encontro de trabalho que, para os membros da Plataforma, marcou um «ponto de viragem» na postura do Governo relativamente à matéria e de onde retiraram «vários sinais positivos». Esta estrutura explicou que ainda não foram firmados valores ou percentagens de redução, adiantou que a mesma será para todos os utentes e assumiu a expectativa de que seja um «valor expressivo». «Penso que uma reunião destas, com a presença efectiva do Governo, fazerem-nos ir a Lisboa para nos oferecerem 1 ou 2%, não estamos aí. Nem sequer estamos a pensar que seja isso», referiu José Gameiro, da Associação Empresarial da Beira Baixa.
Segundo referiram, «há vários cenários» a ser avaliados, todos com vista a uma «redução progressiva» dos valores actuais. «As medidas que nos foram ditas deverão ser progressivas, não poderão ser discriminatórias e o processo está a ser estudado de forma que tenha sustentabilidade futura e que não seja apenas uma medida avulso», referiu Ricardo Fernandes, do Movimento de Empresários pela Subsistência do Interior.
A data para o anúncio da redução ainda não foi revelada, mas a Plataforma acredita que possa ser «muito em breve», designadamente durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2020. Depois de em Dezembro de 2019 ter apresentado uma proposta que reivindicava a abolição «imediata» para os residentes e reduções progressivas até à abolição para os restantes utentes, esta estrutura assume que o prometido ainda não corresponde às exigências, mas congratula-se com o caminho iniciado. «Permitirá uma redução do custo de contexto mais importante que temos na região, que são as portagens que têm efeitos negativos para as empresas, residentes e turistas», frisou Luís Veiga, do Movimento de Empresários pela Subsistência do Interior. Esta estrutura também garante que, «independentemente do que venha a ser anunciado», vai continuar a «trabalhar» até que o objectivo final da abolição seja atingido.
Na conferência de imprensa de hoje, foi ainda referido que os problemas do Interior e da convergência necessária também foram abordados na reunião com os governantes e que estes mostraram «preocupação« e prometeram «empenho» nessa matéria.
A Plataforma de Entendimento para a Reposição das Scut na A23 e A25 integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.