Agrupamentos de escolas do concelho da Guarda elaboram plano para melhorar áreas identificadas como prioritárias
As equipas da Avaliação Externa das Escolas 2015-2016 efectuada nos dois agrupamentos de escolas do concelho da Guarda atribuíram uma classificação que varia entre o “Bom” e “ Muito Bom”, como adiantou este semanário na edição de 22 de Setembro, mas recomendam melhorias em certos domínios. Recomendações que ambos os agrupamentos tiveram em consideração no Plano de Melhoria, o qual procura dar resposta às áreas identificadas na avaliação externa como prioritárias.
As recomendações das equipas da Avaliação Externa das Escolas 2015-2016 foram tidas em conta na elaboração do Planos de Melhoria para o biénio 2016-2018 dos agrupamentos de escolas do concelho da Guarda, aos quais atribuíram uma classificação que varia entre o “Bom” e o “Muito Bom”.
«Na sequência da Avaliação Externa do Agrupamento ocorrida no período de 7 a 11 de Março de 2016», e «tendo por base o relatório produzido pela equipa de avaliação e divulgado a toda a comunidade educativa, foi pensado um plano de acções que visa dar resposta às recomendações explanadas no relatório enviado, centralizando toda a intervenção nas áreas apontadas como prioritárias e potencializando as boas práticas evidenciadas», lê-se no plano do Agrupamento de Escolas da Sé, que obteve um “Muito Bom” no domínio “Liderança e Gestão” e “Bom” em “Resultados” e “Prestação do Serviço Educativo”.
Citando a frase “(…) cuidar da sequência é tão importante como investir na preparação e na execução”, que consta do Plano de Melhoria da Escola da Inspecção-Geral da Educação e Ciência, refere que «foi este pensar que norteou a elaboração deste plano, tendo toda a comunidade escolar sido chamada a participar na sua construção, já que se pretende que seja um instrumento estratégico, integrador e regulador orientado para promover o conhecimento, elevar os níveis de escolaridade e melhorar práticas, em consonância com o Plano de Melhoria que a equipa de Avaliação Interna já elaborou», revela.
E é nessa perspectiva, argumenta, que o documento «propõe implementar um conjunto de acções de melhoria, que procuram dar resposta às áreas identificadas na avaliação externa como prioritárias, objectivando um envolvimento dinâmico, planeado e cooperado dos vários intervenientes e responsáveis pela coordenação e monitorização das acções propostas».
«Só com uma intervenção articulada e empenhada de todos e cada um em particular poderemos caminhar para uma permanente e inovadora construção de uma escola de excelência», considera aquele Agrupamento.
Também o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, com a classificação de “Bom” no domínio da “Liderança e Gestão” e “Muito Bom” em “Resultados” e “Prestação do Serviço Educativo”, afirma que o plano, que surge «na sequência da avaliação externa», ocorrida entre «11 e 14 de Abril de 2016», teve «por base o relatório produzido pela equipa de avaliação externa, divulgado a toda a comunidade educativa, onde foram identificadas as áreas a merecer desenvolvimento».
Este Plano de Melhoria, explica, «pretende constituir-se como um compromisso do Agrupamento para consolidar a melhoria do seu desempenho, como um verdadeiro suporte à acção educativa e ao desenvolvimento da escola numa tentativa de superar as fragilidades detectadas, conduzindo ao redirecionamento das actividades, formas de funcionamento e de organização. Deve possibilitar a definição e formulação de estratégias que tornem o Agrupamento um espaço organizacional onde se vencem os desafios que permitam, a todos os alunos, a obtenção do sucesso educativo».
Considera-se que o Plano de Melhoria «deve incidir na melhoria dos pontos fracos, mas não deve descurar os pontos fortes que devem, também, ser objecto de acompanhamento, de modo a reforçar a vantagem competitiva e sustentabilidade dos esforços já realizados», defende o Agrupamento.
«Sabemos que a efectividade da avaliação externa depende muito da apropriação dos resultados e capacidade de iniciativa da parte da instituição avaliada», afirma a Inspecção-Geral da Educação e Ciência no Plano de Melhoria da Escola, enviado aos agrupamentos avaliados. «Sendo uma responsabilidade primeira de cada escola, a definição de uma linha de acção deve ser complementada pela actuação da administração educativa, sob as modalidades de contratualização, de acompa-nhamento, de apoio, de incentivo ou de intervenção mais incisiva, conforme as situações específicas de cada escola e as opções da tutela», recomenda.
De um modo «selectivo, sintético e pragmático», o plano «deve conter a acção que a escola se compromete a realizar nas áreas identificadas na avaliação externa, em articulação com a auto-avaliação, como merecedoras de prioridade no esforço de melhoria». «Tendo em vista o envolvimento alargado da comunidade escolar, esse plano deve ser publicado na página da escola ou do agrupamento de escolas e dado conhecimento, desta publicação, à direcção-geral competente e à Inspeção-Geral da Educação e Ciência», conclui o documento.
Gabriela Marujo
gabmarujo.terrasdabeira@gmpress.pt