Adiado o futuro do antigo matadouro da Guarda
Está por enquanto adiada a reabilitação, ampliação, exploração e gestão do espaço do antigo matadouro da Guarda. O único concorrente ao concurso público para a constituição do direito de superfície daquele espaço destinada a comércio e serviços não cumpriu os requisitos legais e a Câmara decidiu, na passada Segunda-feira, não avançar com a adjudicação. O vice-presidente Carlos Monteiro, que presidiu à reunião da autarquia na passada Segunda-feira, lamentou que o concorrente não tenha respondido aos requisitos exigidos pelo concurso, adiantando que o município vai gora ponderar sobre esta situação.
O terreno e os edifícios são património da autarquia e foram avaliados em 288.463 euros. Aquando da aprovação da abertura do concurso, o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, disse que havia um interessado mas esperava que aparecessem mais investidores. Assim não veio a acontecer e o único concorrente não chegou a dar resposta aos requistos exigidos no concurso.
Aquele espaço, que foi matadouro, chegou a sofrer obras de requalificação para albergar provisoriamente os comerciantes do Mercado Municipal enquanto decorressem as obras de construção do centro comercial “Guarda Mall”, que não viria a ser concretizado.
Na reunião do executivo municipal da passada Segunda-feira, o vereador socialista Joaquim Carreira defendeu a necessidade de a Guarda ter um pavilhão multiusos, recordando que os eleitos do PS já tinham feito essa sugestão no início do mandato do social-democrata Álvaro Amaro à frente dos destinos do município. Adiantou que para a construção de um pavilhão de cerca de quatro mil metros quadrados, o investimento rondaria «um pouco mais de um milhão de euros», salientando que «este executivo já gastou mais de metade do valor no aluguer de tendas para a Feira Ibérica de Turismo». «Isto corresponde a um acto de má gestão», sustentou.
«Esta é a prova cabal de que, na sequência do que nós temos feito, o PS entende que se justifica já a construção de um pavilhão multiusos», respondeu, em declarações aos jornalistas, o vice-presidente. Carlos Monteiro recordou que no início do mandato, em 2013, a primeira preocupação do executivo foi «fazer o equilíbrio financeiro da Câmara Municipal», adiantando que «para a realização da Feira Ibérica de Turismo era mais fácil alugar a tenda do que construir um multiusos». «Claro que que se justifica haver uma estrutura desse género», disse ainda o vice-presidente, informando que «no Plano de Desenvolvimento Urbano consta já lá essa possibilidade de construção de um pavilhão multiusos, mas é uma solução possível para a Guarda a médio prazo».