Administração da ULS da Guarda defende que a 2ª fase das obras começa «a ser um mito»

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda anunciou a intenção de realizar obras de requalificação no Pavilhão 5 para ali instalar a mater-nidade. Deu ainda a saber que está a ser elaborada uma candi-datura com a Univers-idade da Beira Interior para a requalificação do antigo pavilhão Rainha Dona Amélia. A administração sustenta que a 2ª fase das obras do hospital «começa a ser um mito».

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde da Guarda deu a conhecer, em conferê-ncia de imprens, esta Terça-feira, os objectivos estraté-gicos para 2016. Entre os projectos que pretende desenvolver está a requalificação do espaço ocupado anteriormente no pavilhão 5 pela Urgência para aí instalar a maternidade. O projecto vai ao encontro da intenção de instalar naquele edifício os serviços do Departamento da Saúde da Mulher e da Criança. Como salientou o director clínico, Gil Barreiros, é «fundamental melhorar as condições actuais» para continuar a atrair as parturientes. O médico ressalva que as aulas de preparação para o parto nos centros de saúde estão a dar resultado, mas realça ser necessário melhorar as condições hoteleiras do serviço. A intenção é também transferir para a antiga área da Consulta Externa o internamento de Pediatria. A administração adiantou que há uma verba de dois milhões de euros disponível para as obras de adaptação.
Com as mudanças, os serviços de Ginecologia e Obstetrícia ficarão a funcionar no mesmo edifício, esvaziando ainda mais o pavilhão mais antigo, o chamado “comboio”. Gil Barreiros explicou que no edifício mais antigo «vão manter-se» os dois serviços de Medicina, recentemente requalificados. A intervenção permitiu «melhorar as condições de alojamento de trabalho». «Não envergonha ninguém», reforça o director clínico.
Com a saída dos serviços de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, o chamado”comboio” ficará com espaço disponível para outros serviços de apoio. «É para a invenção que se tiver», atirou Gil Barreiros dando o exemplo da criação de uma unidade de cuidados continuados ou de cuidados paliativos, tendo em conta que existe apenas uma no distrito. «É um desafio de futuro», sublinhou. O director clínico entende que com esta rentabilização do edifício 5 está quase a acabar a 2ª fase. «A 2ª fase começa a ser um mito», disse Gil Barreiros. Até porque como apontou o presidente do Conselho de Administração, Carlos Rodrigues, faz parte dos objectivos estratégicos para este ano o projecto de requalificação do Pavilhão Rainha Dona Amélia. O dirigente explicou que está a ser elaborada uma candidatura com a Universidade da Beira Interior para a criação naquele edifício de um centro de investigação de doenças respiratórias com as vertentes de investigação, formação e prestação de serviços. Pelo facto da candidatura ainda se encontrar numa «fase embrionária», Carlos Rodrigues não quis apontar os valores do investimento previsto.

Sistema de informação vai ser «uma revolução» para os serviços
Um dos objectivos estratégicos do actual Conselho de Administração da ULS é a implementação de um sistema de informação com o qual se fará «um corte abrupto» com o passado, como garantiu Carlos Rodrigues. Trata-se de um investimento de 1,2 milhão de euros, comparticipado através do Portugal 2020, que começará a ser instalado ainda este mês, ou o mais tardar em Abril, ligará os centros de saúde da ULS e os dois hospitais (Guarda e Seia).
Carlos Rodrigues explicou que o novo sistema será aplicado gradualmente aos vários serviços de saúde e hospitalares, envolvendo sempre «pessoas da área da informática e os utilizadores das diversas áreas» abrangidas.

 

Elisabete Gonçalves
elisagoncalves.terrasdabeira@gmpress.pt

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