Advogada de Pedro Dias deverá recorrer da decisão do Tribunal da Guarda


Mónica Quintela, advogada de Pedro Dias, admitiu que «em princípio» a sua equipa irá «interpor recurso da decisão» por não concordar «com algumas das qualificações» dos crimes de homicídio. «O tribunal não encontrou um móbil [para alguns dos crimes]. Não deixa de ser curioso que a pena parcelar para o homicídio do militar Caetano seja 21 anos, ou seja, menor do que os 22 anos pela morte dos civis. Logo, o tribunal encontrou ali dúvidas sobre o que espoletou os acontecimentos», afirmou.
Pedro Proença: “25 anos é o mínimo que ele devia receber”
O advogado dos dois militares da GNR, Pedro Proença, disse que era esta a decisão que esperava do Tribunal. «25 anos é o mínimo que este indivíduo devia receber», declarou, apelando a que se revejam as molduras penais de alguns crimes. Acrescentou que o seu cliente, o militar António Ferreira, se sente «confortado» pelo facto de a versão apresentada por Pedro Dias não ter vingado. «Ficou provado que ele não é a pessoa que foi traçada aqui por Pedro Dias», frisou.
Tiago Gonçalves, advogado de Lídia da Conceição, disse estar satisfeito com as decisões relativas à sua cliente. «Os crimes foram provados», disse, acrescentando que a indemnização lhe parece «justa e adequada».