Agrupamentos de escolas do concelho da Guarda obtiveram uma classificação que varia entre o “Bom” e o “Muito Bom” na avaliação externa
As equipas de avaliação externa, efectuada este ano, aos dois agrupamentos de escolas do concelho da Guarda atribuiram uma classificação que varia entre o “Bom” e o “Muito Bom”. O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque obteve a classificação de “Bom” no domínio da “Liderança e Gestão” e “Muito Bom” nos domínios “Resultados” e “Prestação do Serviço Educativo”. O Agrupamento de Escolas da Sé conseguiu um “Muito Bom” no domínio “Liderança e Gestão” e “Bom “ nos domínios “Resultados” e “Prestação do Serviço Educativo”. Estes dados constam dos relatórios apresentados no âmbito da Avaliação Externa das Escolas 2015-2016, na sequência de visitas efectuadas entre Março e Abril por duas equipas aos estabelecimentos de ensino.
Os dois agrupamentos de escolas do concelho da Guarda obtiveram, nos vários domínios da avaliação externa efectuada este ano, uma classificação que varia entre o “Bom” e o “Muito Bom”. O Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, da Guarda, obteve a classificação de “Muito Bom” nos domínios “Resultados” e “Prestação do Serviço Educativo”. Quanto ao domínio “Liderança e Gestão”, conseguiu um “Bom”.
Relativamente ao Agrupamento de Escolas da Sé, a equipa de avaliação atribuiu a classificação de “Bom “ nos domínios “Resultados” e “Prestação do Serviço Educativo”, tendo sido dado um “Muito Bom” no domínio “Liderança e Gestão”.
Estes dados estão reflectidos nos relatórios referentes aos dois agrupamentos da Guarda apresentados no âmbito da Avaliação Externa das Escolas 2015-2016, na sequência de visitas efectuadas por duas equipas aos estabelecimentos de ensino. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais de cada um dos agrupamentos, em especial da sua auto-avaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.
No caso do Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, a visita foi efectuada entre os dias 11 e 14 de Abril deste ano à escola-sede, às escolas básicas de Santa Clara, de Santa Zita, das Lameirinhas e dos Trinta e ainda ao jardim de infância dos Trinta. Em relação ao outro agrupamento, a equipa de avaliação externa visitou, entre 7 e 11 de Março, a escola-sede, os jardins de infância de Vila Fernando e de Vila Garcia e as escolas básicas de Alfarazes, Sequeira, São Miguel e Carolina Beatriz Ângelo.
A equipa que avaliou o Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque concluiu que «a acção da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respectivos percursos escolares». «Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes» e, por isso, «tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de “Muito Bom” no domínio “Resultados”», considera a equipa, constituída por Henrique Ramalho, Jorge Sena e José Lebre.
Os três elementos consideram que a «acção da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respectivos percursos escolares», atribuindo, por isso, a classificação de “Muito Bom” no domínio “Prestação do Serviço Educativo”. Quanto ao domínio “Liderança e Gestão, foi dada a classificação de “Bom”.
No caso do Agrupamento de Escolas da Sé, a equipa de avaliação, formada por Carlos Heitor, Pedro Gerardo e Henrique Ramalho, concluiu que a acção desenvolvida «tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respectivos percursos escolares», justificando-se, assim, a atribuição da classificação de “Bom “ no domínio “Resultados”.
Idêntica classificação foi atribuída ao domínio “Prestação do Serviço Educativo”, uma vez que, justifica a equipa, «a acção do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respectivos percursos escolares». Melhor classificação obteve no domínio “Liderança e Gestão”. Carlos Heitor, Pedro Gerardo e Henrique Ramalho entenderam atribuir um “Muito Bom”, justificando que «apresenta um predomínio de pontos fortes na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes».
Pontos fortes e áreas de melhoria no Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque
Relativamente ao Agrupamento de Escolas Afonso de Albuquerque, a equipa de avaliação realça como pontos fortes no desempenho, as «práticas pedagógicas eficazes ao nível do ensino básico, com impacto na consistência da taxa de conclusão do 3.º ciclo e nas aprendizagens matemáticas»; «adequação das estratégias de prevenção do absentismo e abandono escolares, com impacto positivo ao nível do ensino secundário (cursos científico-humanísticos)» e «implementação de contextos de aprendizagem favoráveis, que propiciam aos alunos ambientes promotores do desenvolvimento das suas potencialidades».
Evidencia ainda a «valorização da componente artística e das aprendizagens práticas e experimentais, que proporcionam novas experiências de aprendizagem às crianças e aos alunos»; «a dinâmica das bibliotecas escolares, enquanto recurso fundamental, com impacto no desenvolvimento de diferentes literacias» e o «desenvolvimento de protocolos e parcerias com entidades externas, bem como de actividades, clubes e projectos, com impacto muito positivo na oferta educativa e na qualidade do serviço educativo prestado».
A equipa de avaliação sustenta, no entanto, que o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria de diversAs situações, entre as quais, a «identificação rigorosa dos factores internos que condicionam o sucesso dos alunos no ensino secundário, visando a implementação de acções de melhoria tendentes a potenciar a eficácia da acção educativa» e a «consolidação das práticas de articulação curricular, designadamente ao nível dos conselhos de turma, como forma de promover a melhoria das aprendizagens». Para além disso, enumera ainda a necessidade de serem definidas «metas quantificadas quanto aos resultados académicos a atingir, com vista a constituírem-se como referenciais de ação para o trabalho dos docentes» e a «dinamização da observação e partilha de aulas, numa perspectiva de supervisão colaborativa das práticas pedagógicas, com o intuito de proporcionar o desenvolvimento profissional e promover a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem». Por último, refere ainda que é necessário um «aprofundamento da auto-avaliação enquanto processo mais organizado de gestão do progresso, numa perspectiva sistematizadora e articulada das diferentes práticas de avaliação interna» .
Pontos fortes e áreas de melhoria no Agrupamento de Escolas da Sé
A «oferta educativa, com impacto positivo na inclusão social, na redução do abandono do escolar e no prosseguimento de estudos», é um dos pontos fortes sinalizados pela equipa de avaliação externa ao Agrupamento de Escolas da Sé. Na lista é também evidenciada a «valorização da dimensão artística e da dimensão desportiva, com impacto nas aprendizagens e vivências das crianças e dos alunos e promotora da acção do Agrupamento no meio envolvente». Como ponto forte surge ainda as «parcerias e desenvolvimento de projectos consistentes e adequados para a melhoria contínua das condições de prestação do serviço educativo», assim como o «trabalho colaborativo nos departamentos curriculares e nos grupos disciplinares, em particular ao nível do planeamento e gestão do currículo, com contributo para a melhoria da qualidade do serviço educativo».
«A acção das seis bibliotecas escolares que garantem um apoio efectivo na prestação do serviço educativo», a «acção da direcção e demais lideranças na mobilização dos recursos, definição de procedimentos e documentos comuns e instituição de canais de comunicação eficazes, que tem contribuído de forma sustentada para a criação de uma identidade colectiva de Agrupamento», são igualmente apontados como pontos fortes.
Quanto às áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria, a equipa de avaliação refere a «identificação dos factores internos que condicionam os resultados com vista à implementação de estratégias de ensino e de apoio aos alunos que permitam aumentar a eficácia da acção educativa com repercussões na melhoria dos resultados escolares, com especial incidência no 1.º ciclo do ensino básico e no ensino secundário».
Refere ainda a «continuação da promoção da articulação vertical entre ciclos e níveis de ensino, no sentido de potenciar a continuidade e a sequencialidade progressivas das aprendizagens das crianças e dos alunos e a resolução de problemas de ensino». A «observação e partilha de aulas, num plano de supervisão colaborativa consistentes com a necessidade de promover a regulação dos processos e metodologias de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento profissional dos docentes», são outros dos esforços que o Agrupamento deverá fazer, na opinião da equipa de avaliação.
Outras das prioridades são a «definição de metas mensuráveis para os resultados académicos, que se assumam como referenciais para o planeamento do trabalho dos docentes e monitorização interna do que Agrupamento se propõe alcançar» e a «continuidade da auto-avaliação, de modo a assegurar a construção de planos de melhoria que sustentem, de forma consequente, as tomadas de decisão ao nível do planeamento, da gestão das actividades e das práticas profissionais indutoras da qualidade do ensino e das aprendizagens».
Gustavo Brás
gbras.terrasdabeira@gmpress.pt