Ana Abrunhosa afirma que a reactivação da Linha do Douro até Barca d’Alva é desígnio e vai ser concretizada


A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, afirmou Terça-feira que a reactivação da Linha do Douro até Barca d’Alva é um desígnio deste território que vai ser concretizado. «Será certamente importante fazermos e vamos fazer a Linha do Douro. É um desígnio deste território e mal andaria o Governo, ou os Governo, que não apoiassem o projecto da Linha do Douro», afirmou Ana Abrunhosa, que falava na sessão de encerramento da cerimónia evocativa dos 20 anos do Douro Património Mundial.
Mas, segundo a ministra, não se trata apenas da reactivação entre até Barca d’Alva. «Porque nós também temos de ter a capacidade de convencer os nossos irmãos do outro lado da fronteira de como é importante esta linha até Salamanca. Pode não ser um trabalho fácil, mas nós, que andamos na vida pública e política, sabemos muito bem como a navegabilidade do Douro há uns anos era um sonho e hoje é uma realidade e como muitos sonhos, felizmente, graças a este património da Humanidade se transformaram em realidade», afirmou.
A reactivação da Linha do Douro entre o Pocinho e Barca d’Alva e posterior ligação a Espanha é uma reivindicação antiga deste território e, por isso, o anúncio da governante foi acompanhado de uma salva de palmas por parte da plateia que assistia à cerimónia que decorreu em Lamego, distrito de Viseu.
A Assembleia da República aprovou em Março, por unanimidade, os projectos de resolução do BE, PAN, PSD, PCP e PEV que defendem a requalificação da Linha do Douro, a reabertura do troço Pocinho – Barca d´Alva e a reativação da ligação a Espanha.
Em Maio de 2021 foi formalizado o grupo de trabalho que está a estudar e definir o modelo de reabertura do troço ferroviário de 28 quilómetros, entre o Pocinho e Barca d’Alva que foi encerrado em 1988, estando prevista a apresentação as conclusões até ao Verão. A Linha do Douro desenvolve-se ao longo de 191 quilómetros, de Ermesinde (Porto) a Barca d´Alva (Guarda).
No seu discurso, a ministra referiu ainda que durante o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e o Portugal 2020 foram aplicados cerca «de 1.100 milhões de euro de fundos comunitários» na região do Douro. O que, segundo Ana Abrunhosa, se concretizou «graças à gestão da CCDR-N, às instituições, municípios, empresas e aos durienses».