Apanhado breve e diverso do que foi chamando a atenção

1 – Abertura dos Passadiços do Mondego – está prometido. Os Passadiços do Mondego vão abrir, finalmente. E não passará do Verão. Esta atração turística, que sofreu inúmeros atrasos, pode ser um foco fulcral da dinamização turística não só da região e aldeias que os recebem, mas de todo o concelho e territórios vizinhos. Esperemos que com a debuta há muito esperada desta infraestrutura haja desenvolvimento de atividades económicas acompanhantes, quer pela via da habitação ou restauração, quer pela via dos desportos náuticos e aquáticos que a barragem pode proporcionar. Finalmente, mas tão ou mais importante que o previamente escrito, será a preservação e garantia da segurança deste atrativo, dado o potencial risco por via da degradação natural e também pelos incêndios florestais.

2 – “A noite das mil prisões” é o título de uma bela reportagem da revista do Expresso do passado fim-de-semana, que descreve a crise académica de 1962 e que teve o antigo Presidente da República Jorge Sampaio como um dos principais intervenientes. Como muito mais recente ex-dirigente de uma Associação de Estudantes que, na altura e como Pró-Associação por estar, à data, ilegalizada, participou ativamente nos protestos que culminaram na repressão policial do dia 11 de maio, foi com particular orgulho e sobretudo sentido de responsabilidade que reli este acontecimento. De facto, uma placa alusiva a este momento está bem visível, ainda hoje, à entrada da Cantina Velha da Universidade de Lisboa e parei para a fitar várias vezes. Para além disso, a história das impressões clandestinas, que também ocorriam na Faculdade de Medicina, foi passando de boca em boca ao longo de gerações, porque ainda nos tempos de hoje se fala dessas peripécias. Em retrospetiva, o associativismo estudantil recente busca inspiração e orientação nestes atos corajosos e definidores, que importa honrar na representação de tantos estudantes.

3 – Já é possível participar no processo de consulta pública da antiga casa da Legião, quer de forma física, quer online, sendo que a divulgação está a decorrer digitalmente e também através de meios de comunicação social do concelho. Um documento enquadrador do espaço, edifício e propostas acompanha o processo de votação. Neste momento foi dada a cada um dos guardenses a possibilidade de participar diretamente nesta decisão, num prazo que termina a 21 de junho.

4 -Israel. No dia 11 de maio foi assassinada uma jornalista de nacionalidade palestiniana e norte-americana, Shireen Abu Akleh, num momento em que se encontrava identificada com o colete utilizado pela imprensa. Após este incidente, ocorreu uma ação policial por parte de forças de segurança israelitas no funeral da jornalista. Numa altura em que estamos (e bem) focados na invasão da Ucrânia pela Rússia e alerta para os diferentes crimes aí cometidos, devemos estar também estar atentos e exigir o esclarecimento pela mesma bitola de atrocidades e violações dos direitos humanos que ocorrem noutros pontos do globo.

5 – Voltando à guerra na Ucrânia, este conflito desenrola-se também no domínio virtual. Os hackers associados ao regime de Putin têm estado ativos e podem colocar em risco dados referentes a milhões de cidadãos, para além de poderem paralisar o funcionamento de instituições essenciais ao Estado e à sociedade. Portugal (e a Guarda), nomeadamente no que concerne a organismos públicos, podem estar muito vulnerável a estas intrusões que poderão ser extraordinamente lesivas para muitos portugueses.

Notas:

1. Sítio eletrónico para votação na consulta pública relativa à casa da Legião
https://www.mun-guarda.pt/ferramentas/formularios/consulta-publica-casa-legiao/

2. Documento enquadrador da consulta pública relativa à casa da legião https://www.mun-guarda.pt/v2020/Lists/Estaticos/Attachments/105/Aviso%20e%20Procedimento.pdf

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