Aquedutos de Pinhel: destino turístico escondido

Disponíveis ao público apenas no Dia Inter-nacional dos Monu-mentos e Sítios, e os de menor comple-xidade, os aquedutos subterrâneos de Pinhel poderão vir a ser abertos em outras épocas do ano. O assunto está a ser estudado, mas a autarquia afirma ser «perfeitamente plausível» essa possibilidade.

Gabriela Marujo
gabmarujo.terrasdabeira@gmpress.pt

«É perfeitamente plausível» que os aquedutos subterrâneos de Pinhel possam abrir ao público mais do que uma vez por ano, tal como sucede há uns anos no Dia Internacional dos Monu-mentos e Sítios, assinalado a 18 de Abril. Nesta última edição, participaram «apro-ximadamente 100» pessoas, «desde idosos a crianças», o que «demonstra o interesse que o património, e neste caso os aquedutos subterrâneos, despertam nos munícipes, nos alunos e na comunidade em geral».
«Foi uma iniciativa que suscitou muito interesse, muita curiosidade por parte de pessoas que não se localizam necessariamente no concelho de Pinhel. Mesmo para os pinhelenses, que já sabem que decorre habitualmente nesta data, sendo um dia de semana nem toda a gente pode vir e pode participar. E temos pessoas de fora do concelho que demonstraram muito interesse em participar nesta iniciativa, e portanto é natural que a curto prazo nós possamos repetir e abrir novamente o aqueduto», avança a vice-presidente do Município, Daniela Capelo.
Para além do interesse, a estabilização das condições atmosféricas também pesa nesta possibilidade. «Vamos ter agora – esperamos nós – a Primavera e o Verão e teremos alguma estabilização nos caudais de água, nos lençóis subterrâneos, e é natural que possa haver melhores condições para os aquedutos puderam ser percorridos».
«Pinhel tem um sistema muito complexo e ainda não totalmente conhecido de aquedutos subterrâneos. Eles foram explorados e conhecidos na década de 80, mas é possível e expectável que esteja ainda uma parte por descobrir e por explorar», assinala a autarca.
Neste momento, existe «um sistema com mais de 500 metros quadrados já percorridos, verificados, estudados, e com diferentes graus de complexidade». No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios tem sido aberto aquele «que se percorre com relativa facilidade», onde estão «reunidas as condições quer de segurança quer de acessibilidade para que o comum das pessoas possa integrar uma actividade desta natureza». «Mas temos outros aquedutos que têm uma complexidade no percurso muito maior», os quais «eventualmente» poderão vir também a ser abertos.
«Colocámos ainda a hipótese de abrir um desses aquedutos de maior complexidade no seu percurso, mas as condições atmosféricas, com um grande caudal de água, não nos deram garantia de total segurança, e optámos por disponibilizar apenas a visita ao aqueduto da Parada [do Coronel Lima da Veiga] à frente da Casa da Cultura [antigo Palácio Episcopal de Pinhel], porque esse sim não tem qualquer tipo de problema. Foi arejado, limpo e as pessoas puderam usufruir de uma experiência bastante interessante, justifica Daniela Capelo.
O aqueduto que se localiza na «Rua 1º de Maio», que tem «um grau de complexidade maior», não costuma estar aberto «por regra». «Temos sempre que avaliar se estão reunidas condições de segurança porque esse de facto tem condições muito peculiares e requer sempre também uma preparação prévia. Aliás, toda esta actividade requer uma preparação prévia, que é de arejamento, de limpeza de vegetação, etc…, mas neste [Rua 1º de Maio] a preparação tem ainda que ser mais rigorosa, com um critério de bastante segurança e de precaução», sublinha. «Achámos que não estavam reunidas essas condições», mas «futuramente poderemos abri-lo», reforça, adiantando que «esses estão reservados para espíritos mais aventureiros e para pessoas mais resistentes».
A possibilidade de abrir os aquedutos subterrâneos em outras épocas do ano, e também os de maior complexidade, «está a ser estudada», conclui Daniela Capelo.

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