As empresas foram à escola “caçar talentos”

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Várias empresas e organizações partici-param na semana passada na primeira edição do Business Day da Escola Superior de Turismo e Hotelaria de Seia, do Politécnico da Guarda, uma iniciativa que proporciou uma aproximação entre os alunos e os eventuais futuros empregadores. As empresas deram a conhecer as suas marcas e apresentaram aos alunos as suas propostas de recruta-mento e estágios. A iniciativa funcionou como uma espécie de “caça talentos”.
A Escola Superior de Turismo e Hote-laria (ESTH) de Seia, do Instituto Politécnico da Guarda, recebeu na Quarta-feira da semana passada representantes de várias empresas e organizações que deram a conhecer aos estudantes as suas propostas de recrutamento e programas de estágios. A iniciativa, deno-minada Business Day, proporciou uma troca de informações entre os alunos e os seus possíveis futuros empregadores. O projecto decorreu sob a forma de palestras, workshops e entrevistas orientadas para a inserção no mercado de trabalho. As empresas participantes na iniciativa reconhecem a mais valia deste tipo de eventos, encarando-os como uma possibilidade de identificar e captar os melhores. Entre as empresas participantes estava o Grupo Pestana que detém e gere um conjunto vasto de equipamen-tos turísticos e hoteleiros em Portugal e no estrangeiro. Jenifer Ferreira, uma das representantes do grupo na iniciativa da ESTH, entende que é uma «boa parceria» e que «tem funcionado muito bem». O Grupo Pestana divulgou os seus produtos e o conjunto de vagas disponível e as condições oferecidas e os estudantes poderam apresentar a sua candidatura. O maior número de vagas disponível é na área da Restauração. A empresa Sup in River também foi dar a conhecer as suas actividades. Rita Soares explicou que a empresa está à procura de alguém que se identifique com as actividades que desenvolve junto aos rios e espelhos de água sobretudo na região Centro. Já o director de operações do grupo IMB Natura, com hotéis na Guarda, na Covilhã e Unhais da Serra, justifica a participação na iniciativa da ESTH como uma tentativa de atrair os alunos para os seus estágios em várias áreas. «Sabemos que a tendência dos alunos é para sairem do país e nós vimos demonstrar os nossos produtos e que há potencialidades na região», sublinha José Pedro Florinto. O grupo procura sobretudo «alunos que tenham vontade de aprender e de progredir na carreira. É óbvio que nenhum dos alunos vai entrar como assistente de direcção ou director de hotel. Terá de fazer aquilo que nós chamamos passo a passo. Entrar pela recepção ou pela restauração ou pelas comidas e bebidas e dar oportinidade de crescer, isso depende da vontade de cada um. Nós damos as oportunidades e depois vão ter que aproveitar».
Boas instalações para pôr
em prática os conhecimentos
Para o director da ESTH, Adriano Azevedo Costa, o Business Day foi uma iniciativa «muito boa» para os alunos, porque «lhes deu a oportunidade de estarem em contacto com o mercado de trabalho». E para os empre-gadores também foi uma possibilidade de escolher «os melhores para trabalhar nas suas organizações». O dirigente considera que as empresas estiveram presentes na iniciativa porque reconhecem que «só com mão de obra altamente qualificada é que podem prestar serviços de qualidade. E nós estamos no bom caminho». A formação da ESTH distingue-se por proporcionar aos alunos a prática em contexto real e em instalações preparadas especifi-camente para as várias temáticas curriculares. E também pelo facto do corpo docente integrar «chefs de cozinha conceituados da região». «Os chefs gostam de participar porque é uma possibilidade de poder identificar os melhores elementos para trabalhar com eles. É uma espécie de caça talentos», argumenta o director da ESTH.
Um dos exemplos é Rui Cerveira, chef de cozinha que lecciona na ESTH. O chef realça as condições «fan-tásticas» da escola para a compoente prática da forma-ção, nomeadamente a nível de laboratórios e cozinha. «Permite dar aulas de forma diferente. É um prazer poder trabalhar assim. Poder tra-balhar com vários postos e ter um ritmo de trabalho é comple-tamente diferente do que ter 20 alunos à volta de um fogão», exemplifica.
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