Bastonário dos médicos defende salvaguarda do Interior na proposta de concentração de urgências

O bastonário da Ordem dos Médicos alertou hoje para a necessidade de estarem «sempre salvaguardadas» as regiões mais periféricas do país, quando se propõe a concentração das urgências de obstetrícia e ginecologia.

«Têm de estar sempre salvaguardadas as regiões mais periféricas. É fácil pensar em grandes regiões metropolitanas como Lisboa e Porto, por exemplo, e conseguir fazer concentração em determinado tipo de horários. […] Isso já não é possível pensar para zonas periféricas no Interior, mas também no Algarve, que apesar de não ser Interior fica na periferia do país», afirmou Miguel Guimarães, que falava aos jornalistas antes de participar na abertura do Congresso Internacional “Scientiae thesaurus mirabilis: A Universidade de Coimbra – História e legado em tempo de pandemia”, que decorre em Coimbra.

De acordo com uma noticia avançada pelo Expresso, o grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) propôs ao Governo o fecho do atendimento SOS em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional do Centro.

Na quarta-feira, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro garantiu que não será fechado nenhum serviço de obstetrícia e blocos de parto nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) até ao final do ano, sendo que a decisão só deverá ser tomada no início de 2023.

«Esta é uma situação que deveria ser esclarecida pela comissão de acompanhamento, de como é que saem dados cá para fora sem a respetiva fundamentação, sem a respectiva explicação do porque é que pode ser assim, sem falarem com os vários intervenientes envolvidos, incluindo as câmaras municipais, que têm um papel importante nesta matéria», disse hoje Miguel Guimarães.

Confrontado com o facto de o ministro ter remetido a decisão sobre a concentração de serviços para a direcção executiva do SNS, Miguel Guimarães realçou que a direcção executiva fará «uma proposta concreta», mas será sempre o Ministério da Saúde a tomar a decisão.

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