Bispos católicos portugueses condenam «invasão pela Rússia»


A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) condenou hoje, «veementemente, a guerra na Ucrânia» e manifestou solidariedade para com a população ucraniana, «em particular, para com a numerosa Comunidade Ucraniana em Portugal».
Em comunicado, os bispos católicos portugueses criticam a guerra que «teve início esta madrugada, com a invasão da Ucrânia pela Rússia». A CEP, «em sintonia com o Santo Padre e com o apelo pela Paz das Conferências Episcopais da Europa, condena veementemente a guerra na Ucrânia e propõe que todas as pessoas, comunidades e instituições da Igreja rezem pela paz na região, assumindo o dia 2 de Março, Quarta-feira de Cinzas, como um Dia de Jejum e Oração pela Paz na Ucrânia».
No comunicado, a Conferência Episcopal, além de manifestar a sua solidariedade para com os ucranianos, deixa o desejo de que «este tempo de angústia, sofrimento e guerra seja rapidamente ultrapassado e se restabeleça a paz e a prática do bem para todos, como pede o Santo Padre na mensagem da Quaresma». Os bispos portugueses apelam ainda a que «haja uma partilha efectiva para com a Igreja na Ucrânia, nomeadamente através das Cáritas e de outras instituições».
Na audiência geral de Quarta-feira, o Papa Francisco apelou a que o dia 2 de Março fosse assumido por todos como um Dia de Jejum pela Paz e, para os crentes, um dia de jejum e oração.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um «pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk», no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na Segunda-feira, e visa a «desmilitarização e desnazificação» do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.