Câmara de Almeida disponibiliza 40 mil euros para ajudar os agricultores mais afectados pelos incêndios
A Câmara de Almeida activou o Fundo de Emergência Municipal para apoiar os agricultores mais afectados com os incêndios florestais que atingiram o concelho há cerca de duas semanas. «Há 25 casos graves e cinco deles de uma gravidade extrema», revela o presidente, António Baptista Ribeiro, baseado nos levantamentos apresentados numa reunião que teve lugar Terça-feira da semana passada, em Almeida, entre os representantes das freguesias afectadas e técnicos da autarquia.
O apoio vai ser aplicado na totalidade naquele que é o problema com maior urgência de resposta: a alimentação dos animais, já que os agricultores ficaram com as pastagens «praticamente ardidas». «Vamos disponibilizar 40 mil euros de imediato para esses apoios», afirmou o autarca, que já previa a necessidade de activar o Fundo de Emergência Municipal no primeiro rescaldo dos incêndios.
«Nós sabíamos que isso ia acontecer porque embora não tivéssemos dados muito precisos eu próprio estive no terreno e apercebi-me da gravidade de alguns casos», justifica Baptista Ribeiro. «Não sabia concretamente quantos mas agora, depois deste levantamento exaustivo, sabemos que há 25 casos mais graves e cinco deles muito graves. Depois haverá outros, naturalmente, de menor gravidade, mas não lhe demos prioridade. Primeiro serão os mais urgentes e depois será feito um levantamento durante as próximas duas semanas», adianta.
O autarca acredita que «estamos em condições na Segunda ou Terça-feira [início desta semana] de já atribuir os primeiros apoios. Depois os outros, não são de tanta gravidade, serão feitos ao longo da outra semana».
É para já impossível adiantar um valor concreto sobre os prejuízos causados pelos incêndios florestais no concelho, mas Baptista Ribeiro não tem dúvidas que serão «milhares de euros». «Estamos a falar de prejuízos muito avultados mas o nosso Fundo [de Emergência Municipal] só o vamos activar para ajuda em alimentação para os animais, porque depois a nível de outros prejuízos, sejam eles nas vedações ou inclusivamente o armazém que ardeu, de umas centenas ou milhares de metros de mangueiras que se queimaram, principalmente aqueles que tinham as explorações junto à Ribeira das Cabras, e que abasteciam a partir daí, esperemos que haja outros apoios para esses fins», esclarece.
«Esses prejuízos estão a ser levantados. O que fizemos foi o levantamento da área ardida, só no concelho de Almeida arderam mais de 3 mil hectares, e há prejuízos avultados a nível das pastagens, mas a nossa preocupação maior tem a ver com a alimentação dos animais porque houve agricultores que ficaram com as pastagens destruídas, conclui Baptista Ribeiro.
GM