Câmara da Guarda avança com obras para reinstalar CIM e Comissão Vitivinicola

A Câmara Municipal da Guarda vai lançar concursos públicos para a realização de obras de recuperação dos antigos Paços do Concelho e para a construção de um novo edifício no Jardim Teles de Vasconcelos. Os projectos destinam-se ao realojamento da sede da Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela, agora a ocupar o edíficio onde funcionou o programa Polis, no Paço do Biu, e da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior instalada nos antigos Paços do Concelho. Recorde-se que os projectos já tinham sido anunciados pela autarquia, mas a sua concretização estaria dependente da aceitação da mudança por parte dos responsáveis da Comissão Vitivinicola que passará a ficar no Jardim Teles de Vasconcelos. Os antigos Paços do Concelho passarão a ser sede da CIM das Beiras e Serra da Estrela.
O valor base dos concursos é de 854 mil euros, uma verba que a oposição considera «brutal» tendo em conta o estado em que se encontra o Centro Histórico optando por se abster na votação para o lançamento dos concursos. Joaquim Carreira argumentou que o Centro Histórico está «negligenciado» e tem mais de 50 edifícios devolutos, criticando por isso o facto da Câmara «não ter olhado para um dos imóveis e ali fazer o investimento», sendo desnecessário construir um novo espaço. «Queremos que as duas instituições se mantenham na cidade, mas não vemos necessidade de construir um novo edifício».
Na perspectiva do presidente da Câmara o arranque destas duas obras é «um motivo de grande satisfação e de felicidade», lamentando que o PS não acompanhe esta ideia. Na perspectiva do autarca é «pouco mais de meio milhão de euros para recuperar dois espaços e dar vida ao Centro Histórico». Feitas as contas aos apoios comunitários que a autarquia deverá receber para a realização destas duas obras, Álvaro Amaro explica que o munícipio irá investir menos de 100 mil euros. Dependendo da comparticipação, poderá pagar 75 mil euros ou 90 mil euros, adiantou o autarca.
O autarca sustenta que quer que as duas instituições se mantenham na Guarda e por isso «é necessário criar melhores condições» porque as actuais são «insuficientes». Com a obra no Jardim Teles de Vasconcelos, Álvaro Amaro sustenta que também se estará «a dar vida» a um espaço que «envergonha» e também se estará a dar «mais vida ao Centro Histórico».
A última reunião do executivo ficou ainda marcada pelas divergências em torno de uma informação prestada pelos serviços da autarquia sobre os prazos médios de análise e emissão de pareceres a projectos e pedidos de licenciamento. Em declarações aos jornalistas após a reunião, Joaquim Carreira contestou a informação de que a Câmara estará a emitir o primeiro parecer num prazo médio de 26 dias, sustentando que os vereadores do PS conhecem casos que provam que as coisas não estão a funcionar assim. «Não corresponde à realidade. É apenas mais um número no processo de campanha de passar para o exterior a ideia de que tudo está bem e vai ficar melhor», sublinhou Joaquim Carreira. O vereador socialista criticou a estratégia adoptada de estar a ser dada prioridade aos projectos mais antigos deixando para trás os mais recentes. Álvaro Amaro refuta esta ideia sublinhando que «não aconteceu nada parecido com isso, nem era aceitável que os novos fossem transformandos em antigos». «Mas a coisa mais natural é que para se recuperarem uns tenha que se fazer justiça não só para os que entraram agora mas também para aqueles que entraram há dez anos», acrescentou. O autarca assegura que «o prazo médio de hoje é de 28 dias enquanto que na altura era de 108 dias».

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