Câmara da Guarda celebra protocolo com associação D’Orfeu para dinamizar espaços culturais do concelho
O executivo aprovou esta Terça-feira a celebração de um protocolo de acolhimento com a associação cultural D’Orfeu com vista à dinamização dos espaços culturais do concelho, nomeadamente o Teatro Municipal da Guarda, Edifício Cultural de Gonçalo e Centro Cultural de Famalicão da Serra. A proposta foi apresentada pelo vereador Vitor Amaral, mas na sua ausência foi o vice-presidente, Carlos Monteiro, que na altura dirigia a reunião, respondeu às dúvidas dos vereadores do PS. Carlos Monteiro explicou que o protocolo será para quatro anos, tendo a Câmara que pagar seis mil euros por ano à associação que irá desenvolver actividades mediante um plano que será «articulado» com a autarquia. O objectivo, explicou, é «dimanizar os espaços que têm condições, mas que neste momento estão aquém do que se exige». Joaquim Carreira estranhou que a proposta seja já apresentada quando se irá iniciar apenas em 2017 e sublinhou «não ser claro» as actividades que vão ser desenvolvidas. O autarca do PS apontou ainda o facto de haver várias associações no concelho e questionou os valores envolvidos. «Não entendo. Eu não fazia este negócio», disse quando lhe foi explicado que a Câmara não teria outras despesas com as actividades. Os encargos já estão incluídos «no pacote» a protocolar no valor de seis mil euros por ano. Os vereadores acabaram por votar favoralmente a proposta, ressalvando que votarão contra se forem apresentadas propostas de despesas para as actividades desenvolvidas ao abrigo deste acordo.
No dia em que a proposta foi apresentada e votada pelo executivo, a Câmara da Guarda já figurava na lista dos municípios com protocolos publicada na página da internet da Associação. São ainda parceiros da D’Orfeu os municípios de Águeda, Albergaria a Velha, Sever do Vouga, Ovar, Estarreja, Oliveira do Bairro, Santa Maria da Feira e Penedono. A D’Orfeu descreve-se como «uma associação cultural que iniciou actividade em 1995 em Águeda com o objectivo de dinamizar actividades culturais através da música e da sua relação com todas as outras formas de expressão. Nos primeiros anos dinamizou energicamente a formação das músicas tradicionais, rurais e urbanas, apresentando inovadores olhares sobre a tradição e organizou espólio documental. Nos anos seguintes, depositou atenção na criação de variadíssimos eventos públicos como os festivais temáticos com a perspicácia constante de apresentar oferta cultural normalmente alternativa em Portugal».