Câmara da Guarda compra antigo Teatro Egitaniense

A Câmara Municipal da Guarda decidiu hoje adquirir um edifício situado na Rua Augusto Gil, que chegou ser o Teatro Egitaniense, criado pelos Bombeiros Voluntários. A autarquia pretende reabilitar o edifício e criar um equipamento que ajude a “dar mais vida ao centro histórico”.

A compra do imóvel, por 225 mil euros, foi hoje decidida na reunião quinzenal do executivo, por maioria, com o voto favorável dos eleitos do Movimento Pela Guarda (PG) e do vereador do PS, e com a abstenção dos três elementos do PSD.

Segundo o presidente da autarquia, Sérgio Costa (PG), o edifício situado na Rua Augusto Gil está devoluto há vários anos, mas naquele local existiu a antiga igreja de Santa Maria do Mercado, funcionou um teatro, estiveram instalados os bombeiros e, mais tarde, uma oficina de reparação de automóveis.

“Aprovámos essa aquisição para – na abrangência do Portugal 2030, já estamos a trabalhar nisso -, ali poder surgir um novo equipamento para a cidade, para o nosso centro histórico, para ajudar à sua dinamização, dar mais vida ao centro histórico. É sempre esse o grande objetivo. E, a seu tempo, apresentaremos à cidade esse projeto”, disse.

Questionado pelos jornalistas sobre o destino a dar ao imóvel, Sérgio Costa reafirmou que “a seu tempo” será anunciado.

Sérgio Costa referiu que, pelo passado do local, o município está preparado para a possibilidade de surgirem vestígios arqueológicos quando as obras de reabilitação forem iniciadas: “Terá de ser tudo devidamente acautelado. Sempre. Se aparecerem vestígios do que quer que seja, nós temos de os acautelar, temos de os preservar e temos de os mostrar à cidade”.

“Tudo o que aparecer no edifício, e é bom que surjam elementos arquitetónicos, patrimoniais, arqueológicos, naquele espaço, para os podermos preservar… Haverá sempre uma boa forma de os preservar”, garantiu.

O vereador do PS Luís Couto disse que votou a favor da proposta de aquisição do edifício, apesar de ter questionado o executivo sobre o destino que terá e de não ter obtido resposta.

“O imóvel já passou várias fases, é um imóvel com muitos anos e tem grandes custos de construção”, observou.

Disse ainda que o município já adquiriu outros edifícios no centro histórico e “nunca mais entram em obras”, mas votou a favor pela intenção de vir a ser criado mais um equipamento para a cidade.

Os três vereadores do PSD abstiveram-se na votação porque, segundo Carlos Chaves Monteiro, o presidente do município não adiantou qual a finalidade a dar ao imóvel.

O social-democrata lembrou que quando liderou o executivo foram adquiridos outros edifícios na parte antiga da cidade (dois na Praça Luís de Camões, o imóvel da antiga Legião, outro na Rua Sacadura Cabral e um na antiga Judiaria, onde terá funcionado um Tribunal Judaico) e ainda não foram recuperados.

Carlos Chaves Monteiro recordou que quando liderou o município da cidade mais alta do país “não houve nenhum imóvel comprado sem o executivo dizer qual era o objetivo”.

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