Câmara da Guarda prevê investir 764 mil euros na Cultura

A Câmara da Guarda prevê investir no próximo ano 764 mil euros na área da Cultura, o que corresponde a 3,91 por cento do Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2017 de um total de 43,5 milhões de euros, incluindo 6,6 milhões dos Serviços Municipalizados, aprovados na passada Sexta-feira em Assembleia Municipal com 50 votos a favor, seis abstenções (duas de eleitos da CDU e quatro do PS) e 14 votos contra (dois do BE e 12 da bancada do PS).
Desses 764 mil euros, 464 mil euros estão destinados a actividades de animação sócio-cultural; 60 mil para conclusão e outras instalações de serviços e outro tanto para apoio a outras actividades culturais; 50 mil para conservação de edifícios culturais e turísticos; 45 mil para o Centro de Estudos Ibéricos; 25 mil para fundos documentais – Biblioteca, outro tanto para a Cultura em Rede das Beiras e Serra da Estrela e o mesmo valor na Rede Artéria, e 10 mil para plano editorial.
Em relação à Cultura em Rede das Beiras e Serra da Estrela, o orçamento prevê mais 25 mil euros em 2018 e igual valor em 2019, e na Rede Artéria 25 mil em 2018 e 50 mil em 2019.
«Prosseguindo os lemas de “democratização cultural” e de “democracia cultural”, as opões orçamentais refletem a aposta na dinamização e melhoria da oferta cultural dos equipamentos culturais da cidade, como o Teatro Municipal da Guarda, Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço e o Museu da Guarda, sem desinvestir nas manifestações culturais de carácter mais tradicional, como é o caso dos Festivais de Cultural Popular, entre outras», escreve a Câmara no documento.
A aposta no apoio ao associativismo «mantém-se», «reforçando-se o investimento e reiterando-se a aplicação rigorosa de critérios de avaliação que permitam a adequação entre as iniciativas com relevo sócio-cultural, artístico e pedagógico e os apoios – financeiros e não financeiros – a atribuir».
«Particularmente relevante» é igualmente a criação de «dinâmicas de trabalho em rede entre os agentes culturais o território e agentes externos, nomeadamente através da aplicação dos Protocolos de Colaboração com a Fundação de Serralves e a Associação D’Orfeu». «Num e noutro caso, com escalas, enquadramentos e objectivos diferentes, a Guarda beneficiará de um conjunto de oportunidades de acesso directo a manifestações culturais, artísticas, pedagógicas e formativas que enriquecem, envolvem e contribuem para maior projecção da cultura como eixo estratégico de desenvolvimento», considera a autarquia.
No âmbito do Portugal 2020 o Município participa em duas candidaturas à Programação em Rede, «tendo em vista a dinamização e o desenvolvimento de programação cultural em rede que valorize os espaços patrimoniais e culturais».
O documento avança que ao longo do próximo ano estão previstas iniciativas de dinamização económica e social, «alicerçadas na cultura e na tradição e no
aproveitamento de recursos culturais e naturais, que se consubstanciam em eventos como a GuardaFolia, Feira Ibérica de Turismo, Santos do Bairro, Verão em Alta, Feira de Antiguidades, Feira Farta e Guarda Cidade Natal, eventos que se estão a afirmar como marcas distintivas e têm trazido mais-valias para a economia local e contribuído para a actratividade e reforço deste território enquanto destino turístico».
Realça ainda a aposta na continuidade de outras iniciativas na área cultura que se afirmaram, este ano, «pela qualidade e projecção e notoriedade nacional e internacional que trouxeram à Guarda». «É o caso do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea», que em 2017 conhecerá a sua segunda edição.
É mantido o apoio à actividade do Centro de Estudos Ibéricos, «que este ano lançará um prémio de estímulo à investigação, apoio ao estudo e impulso de iniciativas inovadoras orientadas para a projecção destes territórios de fronteira», revela o documento, que destaca ainda o «estabelecimento de convénios com vários museus e centros de arte ibéricos» por parte do Museu da Guarda. O que, no entender da Câmara Municipal, «garante não só uma programação partilhada de qualidade mas também uma rentabilização de valências, garantindo a existência de uma verdadeira política económica cultural praticada pelos grandes centros».

O website do Terras da Beira utiliza cookies para melhorar e personalizar a sua experiência de navegação. Ao continuar a navegar está a consentir a utilização de cookies Mais informação

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close