CDS do distrito quer concorrer ao maior número de autarquias
CDS do distrito da Guarda quer surgir, na próximas autárquicas, com o maior número de candidaturas, em que apenas surja o símbolo do partido. Isto mesmo está claro no regulamento para as eleições autárquicas de 2017 aprovado pelos órgãos nacionais em Abril último, em que é referido que «é imperativo que o CDS tenha um papel mais preponderante na governação do Poder Local». «Para tanto, devemos partir, desde já, para as eleições autárquicas de 2017 com o propósito claro de crescermos em base eleitoral, eleitos e governos autárquicos, apresentando candidaturas locais fortes, ambiciosas e credíveis», sublinha o documento. Quanto a coligações, está, por enquanto, tudo em aberto, uma vez que em Outubro haverá uma reunião entre as cúpulas nacionais do CDS e do PSD.
Há três anos, no distrito da Guarda, o CDS apresentou-se a votos em cinco coligações com o PSD (Almeida, Celorico da Beira, Gouveia, Guarda e Seia), concorreu sozinho em cinco autarquias (Fornos de Algodres, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso) e apoiou uma candidatura independente (Aguir da Beira). Três municípios ficaram de fora (Figueira de Castelo Rodrigo, Manteigas e Vila Nova de Foz Côa). Desta vez, há a pretensão de apresentar o maior número de candidaturas só com o símbolo do partido.
Nos concelhos onde houve coligações, como é por exemplo o caso da Guarda, está, por agora, tudo em aberto. Os centristas aguardam pelo documento orientador que sairá do encontro entre as cúpulas do CDS e do PSD, como disse ao TB o líder distrital centrista, Henrique Monteiro. «Seria prematuro estar a adiantar o que quer que seja antes dessa reunião», sublinhou.
O dirigente recorda que «o CDS coligou-se em cinco concelhos e em três deles essas coligações foram vitoriosas: Aguiar da Beira, Almeida e Guarda». No caso de Aguiar da Beira, os centristas optaram por apoiar uma lista independente, que também contou com o apoio do PS. Embora não tenha nenhum elemento no executivo desse município, tem três eleitos na Assembleia Municipal. Henrique Monteiro diz que agora está em aberto quanto à renovação do apoio. Recorda que há três anos ainda chegou a haver um acordo com o PSD para a existência de uma coligação, mas os social-democratas entenderam «quebrar o acordo». O líder dos centristas assegura que o diferendo que surgiu não tinha a ver com os lugares, mas sim com o facto de o PSD não ter cumprido «determinados compromissos».
«Na Meda, o CDS foi o segundo partido mais votado, tendo provocado uma aliança contra-natura entre o PS e o PSD, que hoje governa a Câmara», acrescenta, salientando que nessa autarquia «os deputados do CDS estão a fazer uma oposição construtiva, assertiva, defendendo os interesses do concelho».
Nos casos de Manteigas, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa (o partido só se apresentou à Assembleia Municipal), o CDS quer, nas próximas autárquicas, surgir com candidaturas. «O objectivo é concorrer ao maior número de autarquias e o trabalho tem de ser orientado nesse sentido», refere Henrique Monteiro, adiantando que o CDS está hoje mais visível naqueles concelhos onde há três anos não foi possível apresentar candidaturas. Em Vila Nova de Foz Côa, na altura, «o partido não tinha estrutura política eleita, hoje tem, por isso, há condições para que o trabalho seja feito de uma forma diferente». «Quanto a Manteigas e Figueira de Castelo Rodrigo, continuamos um bocadinho desorganizados a nível de estrutura, não há concelhias eleitas, embora em Manteigas estejamos a fazer o trabalho no sentido de virmos a ter uma estrutura e apresentarmos eventualmente também uma candidatura», adiantou.
Henrique Monteiro sublinha que o objectivo primeiro é apresentar candidaturas só com o símbolo do CDS e, em segundo, manter as coligações que forem consideradas estrategicamente importantes. Poucas dúvidas haverá quanto ao surgimento de candidaturas isoladas em Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso.
Henrique Monteiro recorda que, em tempos, o CDS já chegou a ser poder em sete câmaras do distrito da Guarda. Depois foi perdendo peso, chegando ao ponto de não ter qualquer vereador eleito. «Em 2013 teve um crescimento muito significativo, conseguindo ter três vereadores (um na Guarda, no poder, e dois na Meda, na oposição)», afirma, com orgulho, o líder centrista, acrescentando que, também em 2013, «o partido passou de 12 deputados para 26, o que também é uma subida exponencial», o mesmo acontecendo, no caso das juntas de freguesia. O líder do CDS frisa que «o objectivo é continuar nesta linha de crescimento», estando, nesse sentido, a ser feito um trabalho nas diversas concelhias.
Em alguns concelhos poderá haver mudanças de candidato, até porque o próprio “Regulamento para as eleições autárquicas de 2017” indica que, «sempre que possível, devem proceder a uma renovação das personalidades que integram as listas às autarquias, nomeadamente os cabeças de lista, nos casos em que, em eleições homólogas anteriores, o Partido tenha tido resultados menos favoráveis».