CEI assinala aniversário

A inauguração de “Transversalidades 2016 – Fotografia sem fronteiras: coordenadas e sinais de mudança”, agendada para esta Sexta-feira às 18h00, é a primeira de um conjunto de iniciativas ligadas à fotografia e ao território programadas pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI), com sede na Guarda, para assinalar o seu 16º aniversário. A exposição, que vai estar patente ao público na Galeria de Arte do Teatro Municipal da Guarda (TMG) até 28 de Janeiro do próximo ano, pode ser visitada de Terça a Quinta-feira das 16h00 às 19h00 e das 21h00 às 23h00 e às sextas e sábados das 16h00 às 19h00 e das 21h00 às 24h00.
A exposição resulta da selecção das mais de 4 mil imagens submetidas ao concurso “Transversalidades – Fotografias Sem Fronteira”, iniciado em 2011«tendo em vista aproveitar o valor estético e pedagógico da fotografia para valorizar territórios com menos visibilidade e de fomentar as trocas entre territórios fronteiriços de matriz ibérica». As 38 fotografias premiadas repartem-se pelas categorias de Melhor Portfolio, Melhor Portefólio temático e Menções Honrosas repartidas pelos quatro temas do concurso, «obras de alguns dos melhores fotógrafos oriundos de todas as geografias do planeta», informa o CEI.
Na ocasião será apresentado o catálogo “Transversalidades 2016. Fotografia sem Fronteiras” e far-se-á a entrega dos Prémios do Concurso Transversalidades 2016.
Ainda na Sexta-feira será inaugurada pelas 21h00 a exposição “Rumores do Mundo: olhar a diversidade que nos rodeia”, que ficará patente no Café Concerto do TMG até 16 de Dezembro. Trata-se de uma mostra temática sobre a Mulher e os Modos de Vida, resultante de uma selecção de trabalhos fotográficos «de grande qualidade artística e técnica desta edição do concurso Transversalidades 2016».
Segue-se uma Tertúlia, com o mesmo nome, que conta com intervenções de Pedro Pita, Florencio Maíllo, Jorge Pena e Santiago Santos.
No Sábado será inaugurada, pelas 10h00, na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda, a exposição “Imaginar o território: uma geografia do olhar”, à qual se seguirá o debate “Foto(geo)grafia: imagem e território”, que contará com intervenções de Rui Jacinto (Universidade de Coimbra), Valentín Cabero (Universidade de Salamanca), Jorge Gaspar (Universidade de Lisboa), Susana Paiva (fotógrafa), Fernando Paulouro (jornalista; escritor), Victorino García (fotógrafo), Duarte Belo (arquitecto; fotógrafo), Fernando Rodríguez de la Flor (Universidade de Salamanca) e Lúcio Cunha (Universidade de Coimbra).
A mostra «põe em diálogo tempos e espaços que distam várias décadas e continentes: Portugal está representado por Alfredo Fernandes Martins, José Manuel Pereira de Oliveira e Jorge Gaspar, Espanha por Valentín Cabero Diéguez e o Brasil por Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, Messias Modesto dos Passos e Rogério Haesbaert».
«Merecerão um olhar mais atento os trabalhos imagéticos (desenhos, mapas e fotografias) de Alfredo Fernandes Martins por estarmos no ano em que se comemora o Centenário do seu nascimento», justifica o CEI.
Para a Galeria de Arte do Paço da Cultura da Guarda está agendada para as 14h30 a inauguração das exposições “Olhos nos Olhos” e “Imaginary Travel Around the USA”, de Monteiro Gil.
As mostras estarão patentes ao público até 7 de Janeiro do próximo ano, podendo ser visitadas de Terça-feira a Sábado das 13h00 às 19h00.
«A pintura, a gravura e o desenho foram as matérias iniciais da formação e do trabalho de Monteiro Gil que, juntamente com outros artistas da sua geração, criou em Portugal um espaço de reflexão e de criação de novas propostas. As suas intervenções, atravessadas por influências diversas da arte contemporânea, reflectem a permanente inquietação criativa e o gosto da experimentação. A fotografia insere-se nesta dinâmica, tendo-se tornado posteriormente a forma privilegiada de compreender e revelar o mundo. Sem que tenha havido uma ruptura ou oposição, a fotografia surgiu assim, naturalmente, primeiro, em diálogo com a pintura; depois, como um meio de expressão autónomo, com eventuais incursões por outras tendências estéticas», escreve Marcela Vasconcelos sobre Monteiro Gil.
Todas as iniciativas têm entrada livre e integram o programa de Comemorações do 817º aniversário da Cidade da Guarda.