Centro de Alto Rendimento do Pocinho vence Prémio de Arquitectura do Douro


O Centro de Alto Rendimento do Pocinho, projectado pelo arquitecto Álvaro Fernandes Andrade e situado no concelho de Vila Nova de Foz Côa, foi o vencedor do Prémio de Arquitectura do Douro. O galardão foi hoje entregue pelo ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, durante uma cerimónia realizada em São João de Tarouca, quando se assinala o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
A Câmara de Foz Côa encara com «bastante responsabilidade, naturalidade e exigência” a distinção do Centro de Alto Rendimento do Pocinho. «A partir deste momento, nós sabemos que, para além de termos dois patrimónios da humanidade (Alto Douro Vinhateiro e Gravuras Rupestres), temos também outros prémios que foram distinguidos não só ao nível nacional, como também ao nível do território do Douro», disse aos jornalistas o vice-presidente da autarquia, João Paulo Sousa, depois de ter recebido o galardão das mãos do ministro da Cultura.
A última edição do Prémio de Arquitectura do Douro, correspondente aos anos 2013/2014, tinha sido ganha pelo Museu do Côa, dos arquitectos Camilo Rebelo e Tiago Pimentel, situado no mesmo concelho.
Inaugurado a 06 de Julho de 2016, o Centro de Alto Rendimento do Pocinho representou um investimento de sete milhões de euros. Segundo João Paulo Sousa, o centro «está a ser visitado por imensa gente, não só por atletas de alta competição», estando a ser feita «uma planificação da sua internacionalização» de forma a atrair mais gente ao concelho.
Este projecto surgiu «de uma exigência de equipas que já faziam alta competição», concretamente equipas russas que se deslocavam muitas vezes ao concelho. «Diziam-nos que era importante construir um empreendimento, porque aquele espelho de água que estava junto à barragem do Pocinho era um dos melhores para a prática do remo e da canoagem», contou.
O autarca referiu que o centro tem três áreas – de treino, de alojamento e de lazer – e «não está única e exclusivamente restrito a toda a prática do desporto». O seu enquadramento na paisagem do Douro foi uma das preocupações: «é um edifício de cor branca e que acompanha os socalcos, precisamente para não criar uma discrepância em termos de impacto ambiental».