Centro Cultural da Guarda celebra 60º aniversário

Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e José Neves, actor do elenco residente do Teatro Nacional D. Maria II, são os convidados da sessão solene do 60º aniversário do Centro Cultural da Guarda (CCG), que se assinala hoje, a partir das 14h30, no Pequeno Auditório do Teatro Municipal da Guarda. Do programa consta ainda a projecção de um filme, que será oferecido em CD ao público presente, que é «um resumo daquilo que efectivamente fizemos ao longo dos anos e o que estamos a fazer», com produção da Zero Graus, empresa de comunicação e produção audiovisual com sede na Guarda.
Sobre a data que se comemora, o presidente da colectividade, Albino Bárbara, resume serem «60 anos bonitos que têm uma história, o antes 25 de Abril e o pós 25 de Abril». Adianta que as valências que o CCG têm actualmente são para continuar e «provavelmente irão haver outras».
A criação de um orfeão está na génese da criação do Centro Cultural da Guarda, a 17 de Novembro de 1962. «A valência começou a funcionar no número 20 da Rua Rui de Pina, perto da Porta do Sol, onde funcionou entre Janeiro/Fevereiro de 1963 e 1966. Em meados de 66 passou para o número 14 da Rua Francisco de Passos, mais conhecida por Rua Direita, e aí esteve até 1979, tendo sido instalada na Escola dos Gaiatos», actual Paço da Cultura, onde permanece.
Ao orfeão, dirigido muitos anos por Geada Pinto, juntou-se, em 1968, o Rancho Folclórico, «que a Guarda não tinha», já depois do 25 de Abril, da cantata do rancho folclórico criou-se o Conjunto Rosinha, com música popular portuguesa. Depois o centro foi evoluíndo, passámos a ter escolas de música, professores, escola de ballet, coro infantil e juvenil, desde os anos 60 tivemos sempre grupos pop/rock, passaram por lá cinco grupos, e hoje existe o 65 Estrelas, criámos ainda o grupo Cantar Tradição», resume Albino Bárbara.
«Naturalmente quando olhamos para as cidades de média dimensão – e não vamos puxar pela Covilhã, vamos puxar por capitais de distrito, como o caso de Castelo Branco, de Aveiro, de Coimbra ou de Viseu – não há nenhuma associação, associativismo, que tenha a dimensão do Centro Cultural da Guarda e provavelmente o Centro Cultural da Guarda será a maior organização associativa da zona Centro», afirma, confessando que esse facto «deixa-nos cheios de orgulho porque percebemos que temos a massa humana suficiente para poder continuar».
A «palavra certa» para a situação financeira do Centro Cultural é «estável». «Mas sempre com um cobertor muito curto. Fazemos então a ginástica necessária para quando necessitamos de cobrir a cabeça, cobrimos a cabeça e destapamos os pés, quando tapamos os pés destapamos a cabeça, mas digamos que 90 por cento do corpo fica coberto. E é essa a imagem que eu passo da situação financeira daquilo que é a nossa associação».