Centro Educativo do Mondego pode ser transformado em cadeia de baixa segurança
Celso Manata garante continuar «a trabalhar no sentido» do Centro Educativo do Mondego, em Cavadoude, concelho da Guarda, «não ser encerrado». «Isto é que é importante», considera o director-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, reiterando continuar «com a mesma ideia que tinha, agora com mais fundamento» em função de uma «troca de impressões» recente a propósito do decréscimo de jovens nos centros educativos. «Falei com uma pessoa que está no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra sobre esta matéria, ele respondeu-me por escrito e as indicações que me deu por escrito eram concordantes com a ideia que eu tinha. Ou seja, que realmente este decréscimo de jovens nos centros educativos era uma situação que iria continuar e nessa medida não chegou a avançar o estudo porque já tinha essa ideia e na altura não consegui arranjar verba para fazer o estudo», revela. Estudo que Celso Manata, recorde-se, adiantou ao TB, em Maio último, na sequência de uma visita que efectuou ao Centro Educativo do Mondego, ir pedir a «uma equipa universitária».
«De qualquer forma, relativamente ao Centro Educativo do Mondego e à área onde ele se insere na Guarda as coisas não se vão complicar. Pelo contrário, vão melhorar porque mesmo que nós acabemos com a valência centro educativo naquela estrutura, ela continuará a funcionar e nessa altura muito provavelmente com presos, de regime aberto, com presos mais velhos, enfim, pessoas de baixa segurança. E esta é a novidade», adianta, ressalvando que «ainda não está nada garantido».
Celso Manata continua a defender a transformação daquela estrutura numa «cadeia de baixa segurança». «De facto nós temos a cadeia da Guarda, que é uma cadeia boa para os outros indivíduos, que nos podem provocar algumas preocupações embora não muitas, já que os muito perigosos estão em Monsanto, em Linhó ou em Paços de Ferreira, mas aquilo é uma quinta e faz sentido ser gente de baixa segurança, gente com mais idade, porventura que pode ser retirada da população em geral e estar ali mais recatada. Portanto vamos ter uma população mais serena do que aquela que tinha porque os jovens obviamente, como toda a gente compreenderá, naquelas idades são pessoas mais pró-activas», diz o director-geral.
«Muito provavelmente será este o caminho», no entanto «ainda não está nada garantido». «Tem que se fazer portarias ou decretos, há aqui uma série de coisas que têm que se fazer, que a senhora ministra e o Governo têm que assumir», precisa, «e portanto não posso dizer que vou fazer. Agora que tenho essa ideia tenho, vamos ver se ela se consegue concretizar».
«Está tudo na mesma a única diferença é que eu neste disposto estou mais convicto ainda do que estava nessa altura [em Maio passado], mas continuo no meu caminho, espero que até final deste ano as coisas se resolvam. Acho que se vai resolver», acredita Celso Manata.
GM