CERCIG aposta em três grandes projectos em 2017

Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados da Guarda (CERCIG) pretende investir em três grandes projectos a partir do próximo ano, um dos quais a implementar no edifício da antiga Pensão Guardense, cedido há cerca de um mês à instituição. «Aquilo não pode ser um elefante branco, temos que tratar de fazer um concurso de ideias para investimento naquele lugar, talvez novas valências para podermos ali trabalhar», avança o presidente da direcção, José Martins Igreja. «Esse edifício já está registado em nome da CERCIG e é um bem de algumas centenas de milhares de euros. A primeira questão para nós é esta», destaca.
É desejo da doadora do imóvel, Bernardete Pereira, que ali funcione uma estrutura de «apoio a mulheres com dificuldades», mas está tudo em aberto uma vez que «também nos autorizou que fossem colocados lá os serviços da CERCIG que nós achassemos convenientes e necessários para a melhor evolução da instituição».
O futuro do imóvel terá sido discutido esta Terça-feira numa Assembleia-geral que teve como tema principal o Plano e Orçamento para 2017, mas que serviu igualmente para dar a conhecer aos cooperantes os projectos que a direcção tem em mente «a pensar naquilo que faz falta à Guarda e ao distrito».
«E o que faz falta na nossa opinião muito humilde? Um novo CAO – Centro de Actividades Ocupacionais. Nós temos o nosso completamente cheio, com lista de espera e cremos que será fundamental nós pudermos evoluir numa nova dinâmica para esse novo CAO, que seria sediado na nossa quinta, onde temos casas e podiam ser recuperadas para esse efeito», revela Martins Igreja.
A construção de um novo lar para deficientes é outro dos projectos para 2017. «Não será ainda o edificado, será o momento dos financiamentos, dos projectos e toda aquela parte burocrática que é necessária e fundamental para se puder depois levar mais à frente», ressalva o presidente, destacando não só o «know-how» da instituição nesta área como também a importância da existência de uma nova estrutura. «O nosso novo lar que temos a funcionar há dois, três anos, está completamente cheio e também temos muita gente à espera de pudermos avançar», justifica.
Em discussão terá estado também que destino a dar ao terreno em frente da CERCIG, junto ao Parque da Saúde, «que nos foi atribuído pela Câmara há cerca de três ou quatro anos», e que pode passar por «ajardinar para aproveitamento dos nossos utentes, ou fazer um parque de estacionamento para os nossos funcionários».
Quanto à saúde financeira da instituição, Martins Igreja garante que ser «perfeita». «Não temos problemas financeiros, mas também não temos sobras, como se costuma dizer», afirma, sublinhando que a sustentabilidade económica e financeira da casa é uma das grandes preocupações da direcção. «Somos poupados, cautelosos, não fazemos investimentos assim à tonta, há até quem nos chame demasiado poupados, mas temos que o ser porque o financiamento ao nível de Estado tem sido difícil nalgumas áreas», justifica.
«O nosso orçamento anual anda sempre pelo resvés. Ou seja, recebemos 1 milhão e 200 mil euros, gastamos 1 milhão e 200 mil euros», revela o dirigente, evidenciando que «o “peso pesado” daquela casa é o conjunto de funcionários que temos». Ao que acresce todas despesas inerentes ao funcionamento da instituição, tais como, entre outras, aquecimento, alimentação, transportes, combustíveis e manutenção da piscina.
«Custos brutais que são sempre geridos ao cêntimo para que a saúde financeira da CECIG exista, e já existe sem qualquer problema financeiro», refere Martins Igreja, afirmando que só assim «nos podemos abalançar neste momento a esses novos projectos».
GM

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