Clarificações

O final de maio, pode trazer à Freguesia de Santa Maria, em Manteigas, a resposta ao impasse em que se encontra, após as eleições autárquicas do último ano.

A repetição do ato eleitoral, neste próximo domingo, poderá assim trazer, ou talvez não, a clarificação política que faltou para a formação de um executivo que não se concretizou durante estes nove meses.

Em política, o povo é quem mais ordena, por isso o repartir dos mandatos, através dos votos, nem sempre é entendido por quem ganha e por quem perde.

Quem ganha, ainda que com uma minoria confortável, pensa muitas vezes que pode e deve governar sozinho, apesar de encontrar, do outro lado do algoritmo, mais votos do que aqueles com que a sua parcela contribui para o total da adição.

Entender a adição dessas parcelas, é entender que, mais do que perder tempo a governar em minoria, se deve governar percebendo o sentir popular. Na realidade é tentar encontrar, em cada uma das partes, pontos comuns que permitam avançar na resolução de problemas.

Seja qual for o resultado da eleição deste próximo domingo, o importante é que a freguesia saia vitoriosa e encontre um executivo, monocolor ou colorido, que a dirija de forma clara, ouvindo os fregueses e os seus anseios.

E se esse entendimento devia ser mais simples num território comum, onde os problemas sentidos se repercutem em todos, o mesmo não se pode dizer quando juntamos municípios de dois distritos numa Comunidade Intermunicipal, como mostram as críticas recentes ao mapa da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela.

Constituída por 15 municípios, (3 do distrito de Castelo Branco) e alargando-se por uma extensão que sobe da Gardunha até ao Douro (apenas Foz-Côa e Aguiar da Beira não entram nesta CIM) rapidamente se nota que haverá interesses contrários a serem defendidos na Comunidade devido à geografia do território.

Talvez a razão que terá levado o autarca da Covilhã a defender a saída dos 3 municípios da Cova da Beira desta Comunidade há uns meses atrás. Logo ele, presidente de um município que vive a mostrar a Serra da Estrela como um ponto forte do seu território!

A verdade é que uma Comunidade Intermunicipal não terá mais força por ter dentro de si mais concelhos do que uma outra pois a sua força vem sobretudo daquilo que a une: uma identidade forte e coesa que a faz avançar e lutar por aquilo em que acredita ser o melhor para aqueles que nela vivem!

Talvez por isso estas críticas nasçam a cada início de mandato!

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