Cobertor de Papa nomeado para as “7 Maravilhas da Cultura Popular”


O cobertor de papa foi nomeado para o concurso “7 Maravilhas da Cultura Popular”, anunciou no facebook a Associação O Genuíno Cobertor de Papa, de Maçainhas, responsável pela candidatura. Uma candidatura que não contou com nenhuma ajuda, como lamentou a presidente daquela associação, Maria do Céu Reis, em declarações que fez recentemente ao Jornal Terras da Beira. A dirigente não poupou nas críticas aos responsáveis políticos locais.
Disse ainda que independentemente do resultado que o cobertor de papa possa vir a obter no concurso, este produto, «único no mundo», já «faz parte das 7 maravilhas de Portugal, a nível do artesanato». Motivo que esteve na origem da decisão de o candidatarem a esta iniciativa que pretende promover o vasto e diversificado património cultural e imaterial nacional em sete categorias: artesanato, lendas e mitos, festas e feiras, músicas e danças, rituais e costumes, procissões e romarias e artefactos.
«Esta associação não consegue suportar tudo», confessou, destacando que todos os elementos dos órgãos sociais trabalham em regime de voluntariado e são eles que suportam as despesas. «Fazemos aquilo que podemos», garantiu, adiantando que a candidatura custou «quase 200 euros».
«Não podemos dizer que não tivemos apoio», ressalvou, mas considera-o escasso. «Os 400 euros que nos foram dados a nós, estamos a falar daqueles subsídios que dão a todas as associações, que não têm todos o mesmo valor, e por aqui também vemos o que é que na autarquia pensam de nós. Ou seja, o cobertor de papa para eles tem o valor de 400 euros», finalizou Maria do Céu Reis.