Comandante operacional considera que o distrito da Guarda tem um «bom» dispositivo de combate a incêndios rurais
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) no distrito da Guarda para o quarto nível de empenhamento (1 de Julho a 30 de Setembro) foi hoje considerado «bom» pelo Comandante Operacional Distrital (CODIS). «Face à área do distrito e à população, nós temos um dispositivo que podemos considerar bom, comparando com outros distritos (…) Nós temos muitos meios, mas também a severidade [do território] é muito maior», admitiu hoje António Fonseca.
O CODIS lembrou que na região existem problemas relacionados com a vegetação, com as condições meteorológicas e com a topografia, como os declives e as altitudes que influenciam, por exemplo, o regime de ventos. «Cada vez que nós subimos 100 metros em altitude, a velocidade do vento também aumenta», apontou o responsável. Por outro lado, disse que o relevo cria dificuldades na progressão dos meios no terreno.
António Fonseca, que falava aos jornalistas no final da sessão de apresentação do DECIR para este ano, numa iniciativa da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, realizada na Sala António de Almeida Santos, no edifício dos Paços do Concelho da Guarda, adiantou que o DECIR no distrito da Guarda, no quarto nível de empenhamento (01 de julho a 30 de setembro) incluirá 408 bombeiros e 98 equipas, que serão apoiados por elementos e meios de outras entidades envolvidas.
«Uma boa parte dos corpos de bombeiros já têm ou estão em vias de constituir a segunda equipa de Intervenção Permanente (EIP), para além dos voluntários, que continuam a existir», disse o responsável, indicando que, com excepção dos corpos de bombeiros de Melo e Folgosinho, no concelho de Gouveia, «todos os outros têm pelo menos» uma EIP.
O CODIS adiantou ainda que no âmbito do DECIR de 2022 o distrito da Guarda vai continuar a ter três helicópteros no território (um na Guarda, outro na Mêda e outro no concelho de Seia), sendo que o de Seia, por o aeródromo aguardar pela autorização da Autoridade Nacional de Aviação Civil, está estacionado no centro de meios aéreos em Santa Comba Dão (Viseu). (Mais pormenores na próxima edição do Jornal Terras da Beira)