Comissão Nacional do PS não analisou o caso da Federação da Guarda


Permanece num impasse a situação que se vive na Federação Distrital do PS da Guarda. Estava previsto na ordem de trabalhos da reunião da Comissão Nacional do PS, realizada Segnda-feira à noite, a discussão sobre a “eventual realização de eleições na Federação” da Guarda, mas, ao que o TB sabe, esse ponto foi retirado da agenda uma vez que a Comissão Nacional de Jurisdição ainda não se pronunciou sobre os dois recursos apresentados pelas candidaturas de António Saraiva e Eduardo Brito, um por discordar da repetição do acto eleitoral para a escolha do líder distrital e o outro por entender que não estavam reunidas condições para haver eleições.
De recordar que a Comissão Organizadora do Congresso (COC) federativo do PS da Guarda suspendeu aquela reunião magna, que chegou a estar agendado para 19 de Março em Vila Nova de Foz Côa, «até que a Comissão Nacional de Jurisdição se venha a pronunciar sobre o recurso» que António Saraiva, que tinha vencido as eleições há duas semanas, interpôs contra a decisão da Comissão Federativa de Jurisdição (CFJ) de ser repetido o sufrágio eleitoral para a escolha do presidente da Federação e dos delegados ao congresso. Esta foi a conclusão da reunião da COC, que, ao que o TB sabe, foi de encontro à directiva nacional.
A CFJ tinha decidido dar parecer favorável ao recurso apresentado por Eduardo Brito (ex-autarca de Seia), o candidato que abandonou a corrida à presidência da Federação no próprio dia do sufrágio, por considerar «não estarem reunidas as condições demo-cráticas necessárias à realização do acto eleitoral». Em causa esteve a rejeição de seis listas de candidatos a delegados ao congresso. Eduardo Brito também recorreu para a Comissão Nacional de Jurisdição.”António Saraiva, antigo líder da Concelhia da Guarda, viria, por isso, a ser o único candidato à sucessão de José Albano Marques na presidência da Federação Distrital. Dos 1.349 militantes inscritos nos 14 concelhos do distrito da Guarda votaram 571, tendo o único candidato obtido 524 votos. Os militantes da secção de Trancoso não votaram porque a sede não abriu as portas.”Depois do anúncio da suspensão do congresso distrital, a candidatura de António Saraiva veio, em comunicado, sustentar que «estariam reunidas todas as condições necessárias para a realização do Congresso Federativo» e a considerar que a decisão da Comissão Federativa de Jurisdição de serem repetidas as eleições é «irregular e extemporânea, logo nula e sem valor» e «não deveria ter afectado a realização do Congresso», agendado para Vila Nova de Foz Côa.