Despedimento colectivo numa empresa têxtil da Guarda


O coordenador da União de Sindicatos da Guarda (USG), José Pedro Branquinho, informou Sexta-feira que as 26 trabalhadoras da empresa têxtil “Iuris”, que existe no Bairro da Sequeira (na Guarda) há 23 anos, «aceitaram ontem [dia 30 de Abril] o despedimento colectivo». De acordo com informações que constam da página oficial da empresa na Internet, a “Iuris” surgiu em 1997 por «dois casais com grande experiência na confecção». A fábrica, de pequenas dimensões, confeccionava calças para diversas marcas internacionais, especialmente da Inglaterra e Suécia. O TB tentou obter declarações da administração da empresa mas até ao momento não foi possível.
O sindicalista, que discursava durante uma acção no âmbito das comemorações do 46º Aniversário do 1º de Maio, defendeu que «este é um momento excepcional que merecia também uma excepcionalidade na questão dos despedimentos».
«Exigimos a proibição dos despedimentos e reversão dos que já aconteceram nos últimos meses», sustentou o coordenador da USG, lamentando que «só estão proibidos os despedimentos nas empresas que pediram apoio».
«Assinalar o 1º de Maio é um direito e um dever», afirmou José Pedro Branquinho, que não deixou de criticar a UGT por festejar a data na Internet sentadinha no “sofá” ».
«Estamos na rua por direito e por dever para com aqueles que representamos e que enfrentam brutal ofensiva. Temos hoje cerca de três mil trabalhadores diários a aceder aos centros de emprego. Temos hoje milhares de trabalhadores em “lay-off”», afirmou ainda o sindicalista. E deu o exemplo de que, «só na Guarda, 900 empresas já pediram “lay-off”, sendo que a maioria delas com necessidades mas outras sem necessidade». Para José Pedro Branquinho, «as primeiras a chegar ao “lay-off” foram as multinacionais e isso não é aceitável porque têm que ter capital suficiente para aguentar os dias e não, logo à primeira dificuldade, ir “beber” à Segurança Social».