Diocese da Guarda reitera intenção de manter património no local de origem

«Está completamente fora de questão trazer o património de forma permanente» para o Museu de Arte Sacra, instalado na antiga Capela do Seminário Maior da Guarda e há anos à espera de abrir as portas. «Enquanto Igreja esse património só pode ser usufruído na sua globalidade nos seus locais de origem», justificou Joana Pereira, coordenadora do Departamento do Património Cultural da Diocese da Guarda, na passada Quinta-feira à margem da leitura da Mensagem de Natal do bispo da Guarda, D. Manuel da Rocha Felício.
O que a Diocese pretende, tal como fez saber há cerca de um ano, é que naquele espaço «sejam criados e apresentados os vários patrimónios materiais e imateriais que existem espalhados pelo território, o visitante entra aqui em contacto com esse património e depois, por iniciativa própria, vai para o terreno explorar esse património», recordou aquela responsável, lembrando «a génese deste museu que virá a público está ancorada num projecto de inventário».
Ou seja, explica Joana Pereira, «o senhor bispo e a Diocese entenderam que para ser criado um museu teria em primeiro lugar que se conhecer profundamente aquilo que temos espalhado na Diocese. Neste contexto, em 2007 deu-se início ao projecto de inventário do património móvel e imóvel da Diocese da Guarda. Depois de termos realizado esse projecto, que ainda não se encontra completo, dos 15 arciprestados apenas estão inventariados 9, e ancorado nesses 9 arciprestados, foi feito um trabalho de investigação e um trabalho de reflexão profundo sobre que futuro para este património cultural que se encontra espalhado pela Diocese da Guarda». «O caminho abriu-se com esta reflexão, tendo por base aquilo que é pedido pela Conferência Episcopal Portuguesa, que é efectivamente o de um museu que aponte no sentido de usufruir do património no seu local de origem», destaca a coordenadora.
Questionado sobre o desenvolvimento deste projecto desde que foi apresentado, há pouco mais de um ano, D. Manuel Felício responde, ressalvando que «qualquer trabalho de qualidade nesta área tem que passar por muitas etapas», que «neste momento nós estamos sob orientação do doutor Pedro Machado [presidente do Turismo Centro de Portugal] para fazer alguns contactos, para fazer parcerias, no sentido de esta rede ser o mais alargada possível». «Neste momento é o elemento novo que no ano passado ainda não tinha», finalizou o bispo da Guarda.
GM

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