Direcção Geral de Saúde diz a que ULS da Guarda deu «uma resposta eficaz» aos casos de gripe A

Porta Hospital da Guarda
O número de casos de gripe A diagnosticados a semana passada nas Urgências da Guarda é considerado pela Unidade Local de Saúde da Guarda como sendo normal para a época do ano. Ao TB, o director clínico, Gil Barreiros, assegurou que se trata de uma situação normal, sem necessidade de tomar medidas extraordinárias ainda que a ULS já tivesse accionado o Plano de Contingência para estas situações. Gil Barreiros relata que a ULS da Guarda dispõe de espaços próprios mais reservados para acolher os doentes com sintomas suspeitos de forma a evitar o possível contágio.
De todos os casos registados a semana passada, cerca de duas dezenas, apenas dois obrigaram ao internamento dos doentes. O caso mais grave foi de uma doente que teve de ser internada na Unidade de Cuidados Intensivos. Houve ainda um terceiro doente que teve de ser transferido para Coimbra, mas porque tinha outras patologias associadas e o tratamento que necessitava não está disponível na ULS da Guarda. Gil Barreiros admite que o facto de terem dado entrada diversos casos no mesmo dia possa ter causado algum alarmismo, mas o director clínico sublinha que na maior parte dos casos eram pessoas da mesma familia o que facilitou o contágio. Ainda na semana passada, a sub-directora da Saúde, Graças Freitas, afirmou que o vírus da gripe A, diagnosticado recentemente nas urgências do Hospital da Guarda e do Hospital de Santarém, não é pandémico e é menos perigoso do que o verificado há seis anos. Aquela responsável da DGS defendeu que a ULS da Guarda deu «uma resposta eficaz» à situação e que «não há motivos para alarme».
No início desta semana não havia registo de novos casos de gripe A.
As autoridades de saúde esperam que o pico da actividade gripal em Portugal possa ser atingido nas próximas semanas. O director clínico da ULS da Guarda garante que a unidade de saúde está «preparada» para o aumento do fluxo de doentes com gripe e sustenta que ainda não foi necessário reforçar as equipas médicas no serviço de Urgência. A ULS tem 13 médicos a trabalhar diariamente nas Urgências, «o que tem sido suficiente» para o afluxo de doentes. «Se houver necessidade fazemos um reforço das equipas», assegura Gil Barreiros.
Vírus é menos perigoso
A Direcção Geral de Saúde tem comunicado que o vírus da gripe tipo A que circula este ano é o mesmo que tem estado presente em todas as gripes sazonais desde 2009, não existindo especial risco nem motivo de alarme. O director, Francisco George explicou que a incidência tem sido até inferior à verificada em anos anteriores, uma vez este ano contam-se 50 novos casos por semana, por cada cem mil habitantes, enquanto em anos anteriores chegou a ser superior aos 130 casos por cem mil habitantes. Quanto aos casos de pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos por causa da gripe, o responsável sublinhou tratar-se de um número relativamente baixo e abrangendo apenas doentes com outras morbilidades associadas, portanto com um sistema imunitário fragilizado.
Em circunstâncias normais, e de uma maneira geral, a população está protegida contra este vírus tipo A, subtipo H1N1 – porque ganhou anticorpos durante estes sete anos em que se manteve em circulação, mas também porque este vírus está desde 2009 abrangido pela vacina.
Elisabete Gonçalves
elisagoncalves.terrasdabeira@gmpress.pt