Escolas do distrito divididas na realização das provas de aferição
Os agrupamentos de escolas do distrito seguem a tendência nacional marcada pela divisão na realização das provas de aferição, cuja decisão o Ministério da Educação colocou nas mãos dos estabelecimentos de ensino. A tutela anunciou este Sábado que 57 por cento das escolas responderam que pretenderam realizar aquelas provas dos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade. As escolas tinham até à passada Sexta-feira para comunicarem a decisão ao Júri Nacional de Exames (JNE) a realização ou não das provas, que este ano terão carácter facultativo.
Os dados recolhidos pelo Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) apontam para que a realidade no distrito da Guarda se aproxime da média nacional. Em cerca de 60 por cento das escolas irão ser feitas as provas de aferição. A decisão foi tomada após parecer dos respectivos conselhos pedagógicos. Sofia Monteiro, dirigente distrital do SPRC, destaca neste processo o facto de ter sido dada liberdade de escolha às escolas. Entende ter sido «positivo» o facto de no âmbito da autonomia das escolas cada ter tido a possibilidade de decidir em função das condições e do trabalho que já tinha preparado a contar com a realização das provas. «Está correcto. Permitiu que não se perdesse o esforço que já tinha sido feito. E não haverá prejuízo para as escolas que queiram avaliar e aferir a necessidade de mais apoio», sustenta.
Entre os estabelecimentos que decidiram não realizar as provas estão os dois agrupamentos de escolas da capital de distrito. Os alunos dos Agrupamentos da Sé e de Afonso de Albuquerque, da Guarda, não terão que realizar aquelas provas.
Já os agrupamentos de escolas de Almeida e de Trancoso são exemplos de estabelecimentos que optaram por realizar as provas. Em Trancoso, as provas marcadas para a última semana de aulas serão realizadas por cerca de 160 alunos dos três anos de escolaridade. Rui Ribeiro, vice-presidente do Agrupamento, explicou ao TB que o facto de ser uma decisão facultativa «não criou qualquer problema à escola», defendendo que até é preferível haver liberdade de escolha do que ser «imposto». O director do Agrupamento de Escolas de Almeida não quis dar explicações sobre a decisão de serem realizadas as provas.
Em Março, ao anunciar a aprovação em Conselho de Ministros do novo modelo de avaliação, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou que as escolas podiam decidir não realizar este ano as provas de aferição, desde que fundamentem essa decisão. Para o ano as provas passam a ser obrigatórias.
As provas de aferição para as escolas que decidiram fazer estão marcadas para 6 e 8 de Junho. Os alunos do 2º ano vão fazer uma prova de Português com componente de Estudo do Meio no dia 6 e outra de Matemática com componente de Estudo do Meio no dia 8. Para os alunos do 5º e 8º anos as provas de Português são a 6 de Junho e a Matemática no dia 8.