Fogo no Hotel Turismo da Guarda
Os Bombeiros Voluntários da Guarda combatem nesta altura um incêndio no Hotel Turismo.
De recordar que o edifício emblemático, projectado em 1936 pelo arquitecto Vasco Regaleira, viria a ser inaugurado no dia 6 de Julho de 1947 e alvo de ampliação com grandes sobressaltos entre 1966 e 1971. Em 2010, Câmara Municipal decidiu vender ao Turismo de Portugal o hotel por 3,5 milhões de euros para ser recuperado e transformado em hotel de charme com escola de hotelaria, mas o projecto não saiu do papel. Em 2015, foram lançados dois procedimentos destinados à venda do hotel, em condições que não atraíram interessados.
O Governo decidiu depois integrar aquela unidade hoteleira no Programa Revive. O “Memorando de Entendimento REVIVE” viria a ser assinado no dia 18 de Julho de 2017 na Câmara da Guarda. Nesse ano, o hotel viria a ser concessionado ao grupo empresarial MRG, mas o projecto não avançou, «devido a dificuldades financeiras com que o grupo concessionário, entretanto, se defrontou», como justificou, em comunicado, o Ministério do Estado, da Economia e Transição Digital. O contrato viria então a ser revogado, tendo em meados de Julho do ano passado, sido lançado novo concurso. O prazo inicial era até 28 de Novembro de 2021, mas por, até essa altura não terem surgido interessados, o Turismo de Portugal decidiu prorrogar o prazo até 21 de Fevereiro deste ano. Só que de nada valeu a prorrogação do prazo de candidaturas. «Não foram apresentadas propostas até ao termo do prazo fixado para o efeito», como confirmou ao TB o gabinete da secretária de Estado do Turismo, adiantando que, «neste momento, estão a ser avaliadas as condições e soluções procedimentais que poderão vir a ser adoptadas, mantendo-se a intenção de recuperar e dar uma nova vida a este imóvel emblemático da cidade da Guarda».
Há duas semanas, em Manteigas, a secretária de Estado do Turismo admitiu que essa solução «provavelmente» poderá não passar pelo lançamento de um novo concurso público e nem mesmo pela devolução daquela unidade hoteleira à Câmara da Guarda. «Estamos a trabalhar com o Município justamente para identificar outras soluções que possam criar postos de trabalho, entregando aquele activo a um operador económico que saiba cuidar dele e que dinamize boa actividade turística na região», afirmou aos jornalistas a governante.
O autarca da Guarda, Sérgio Costa, está esperançado que «até ao final do ano possa ser encontrada essa solução», defendendo que, no âmbito do Plano de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) e uma vez que a Guarda está inserida no PNSE, «é da mais elementar justiça que o Hotel possa ser ali alicerçado o seu investimento».