Governo assina contratos-programa de 8,9 ME para acções de emergência na serra da Estrela
O Governo assinou hoje contratos-programa, no valor global de 8,9 milhões de euros, para acções de estabilização dos solos e reabilitação de redes hidrográficas nos concelhos afectados pelo fogo de Agosto na serra da Estrela.
A cerimónia decorreu na Covilhã e contou com a presença do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, e do secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, para além dos presidentes dos municípios abrangidos nestes contratos (Celorico da Beira, Guarda, Covilhã, Manteigas, Gouveia e Belmonte).
Com financiamento do Fundo Ambiental, os contratos foram assinados pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e pela Agência Portuguesa do Ambiente. Serão executados pelas referidas autarquias, bem como por entidades gestoras dos baldios e entidades gestoras de zonas de caça, visando dar resposta às «necessidades de estabilização urgentes» daquele território, destacou Duarte Cordeiro.
«Tivemos uma época de incêndios exigente e intensa. Mas temos a nossa vontade, os nossos projectos. Temos a vontade de querer fazer melhor e, em conjunto, superar os obstáculos e darmos uma resposta aos que foram afectados. Estes contratos são expressão dessa solidariedade e do empenho, aqui renovado, do Governo, mas também do território, para continuarmos a trabalhar e atingirmos os nossos objectivos», sublinhou.
O ministro detalhou ainda que os contratos darão resposta às «necessidades de estabilização urgente de solos, de corte e remoção de vegetação queimada, de sementeira de centeio para conter os solos declivosos, de pequenas obras de correção torrencial e de escoamento de linhas de água, de controlo de espécies invasoras lenhosas, de instalação de abrigos, bebedouros e comedouros para a fauna selvagem”.
Ressalvando que, em conjunto com os trabalhos que serão feitos pelo ICNF, o investimento actual já ronda os 9,6 milhões de euros, Duarte Cordeiro destacou que o Governo pretende implementar medidas «mais estruturais e de médio prazo» para conferir àquele território maior capacidade de adaptação às alterações climáticas. «Em conjunto, estamos a falar de investimentos muito significativos, de cerca de 20 milhões de euros», acrescentou.