Governo avança com obras nas linhas da Beira Alta e Baixa

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, anunciou na semana passada que o Governo vai avançar com a intervenção do Corredor Ferroviário Internacional Norte, que abrange as linhas da Beira Alta e Baixa, num investimento de 691 milhões de euros. «São quase 700 milhões de euros no total do Corredor Internacional Norte. É um grande investimento, é uma grande prioridade, com um forte financiamento dos fundos comunitários, felizmente, porque a ferrovia é uma prioridade para Portugal, mas também para a Europa», disse.
Pedro Marques falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde presidiu à cerimónia de apresentação do Plano de Mobilidade para o Interior, que abrange medidas no âmbito ferroviário e rodoviário. O governante especificou que este plano se enquadra «numa aposta clara na ferrovia» e que visa «favorecer o desenvolvimento integrado do Interior», com base na «competitividade do transporte ferroviário de mercadorias e de pessoas».
O plano prevê a modernização da Linha da Beira Alta e a conclusão da electrificação da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda, troço que está desactivado desde 2009. Uma realidade que se alterará até 2018, garantiu o ministro, explicando que a primeira intervenção decorrerá na Linha da Beira Baixa, com os concursos a serem lançados ainda este ano para que as obras comecem em 2017 e fiquem concluídas em 2018. «Depois disso, começaremos a avançar com todas as obras na Linha da Beira Alta», especificou.
No final, conseguir-se-á a «plena articulação entre as duas linhas», o que permitirá estabelecer «um importante itinerário complementar na rede ferroviária», apontou o secretário de Estado, Guilherme W. d’Oliveira Martins, durante a apresentação do plano.
No documento mantém-se ainda inscrita a criação de uma nova linha no eixo Aveiro/Mangualde, projecto pelo qual Portugal continuará a lutar no sentido de obter financiamento, garantiu o ministro. «É uma linha muito onerosa, que envolve quase 700 milhões de euros e que só pode ser realizada com financiamento europeu, mas nós continuamos a insistir», garantiu, explicando que o projecto será apresentado às candidaturas de Setembro e Outubro.
Durante a cerimónia, o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira, também salientou a importância da aposta no Corredor Ferroviário Internacional Norte, com especial incidência para o que concerne à electrificação do troço entre a Covilhã e a Guarda. «Sempre foi considerada por todos prioritária, mas a verdade é que andou aos solavancos sete longos anos entre os corredores e as secretarias. Por isso, senhor ministro, quero saudá-lo por ter vindo dar-nos a boa nova da antecipação em dois anos deste tão importante troço», disse. Lembrando que a obra «é fundamental para a mobilidade das populações no eixo Castelo Branco/Covilhã/Guarda, o autarca não deixou de reivindicar a «requalificação do material circulante».

Câmara da Guarda aplaude antecipação das obras na Linha da Beira Baixa
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, aplaudiu a decisão do Governo em antecipar as obras de modernização e de electrificação da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda. «Esta antecipação e a execução dos projectos… só temos que aplaudir», disse o autarca PSD/CDS-PP à agência Lusa.
Em declarações à Lusa, o autarca da Guarda, Álvaro Amaro, aplaudiu a decisão e disse que o Governo, «que já reverteu tantas coisas, pelo menos esta não reverteu e isso é motivo de aplauso». «O seu a seu dono. Não reverteu e fez muito bem», disse, lembrando que a decisão da beneficiação do troço da Linha da Beira Baixa entre as cidades de Guarda e Covilhã «estava tomada e foi tomada há mais de um ano» pelo anterior Governo.
Recordou que a realização de algumas obras de reabilitação daquele troço ferroviário foi anunciada «há mais de um ano, na Guarda, pelo próprio presidente da Infraestruturas de Portugal» e «já houve concursos anunciados para esse troço há mais de um ano».
Observou ainda que, para a Guarda, a realização de obras na Linha da Beira Alta também é «particularmente importante», pois as mesmas «entroncarão com a Linha da Beira Baixa». «A Guarda tem que ser a grande plataforma ferroviária para a Europa, depois das obras nas duas linhas [Beira Alta e Beira Baixa]. Esse é o grande projecto das próximas décadas para a cidade da Guarda», reafirmou Álvaro Amaro.

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