Governo cria Centro Académico Clínico das Beiras com hospitais e instituições de Ensino Superiorda região


Uma portaria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, publicada em Diário da República na passada Sexta-feira, criou o Centro Académico Clínico das Beiras. Trata-se de um consórcio que envolve o Centro Hospitalar da Cova da Beira, as Unidades Locais de Saúde da Guarda e de Castelo Branco, o Centro Hospitalar de Tondela-Viseu, a Universidade da Beira Interior, através da Faculdade de Ciências da Saúde e do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, e os Institutos Politécnicos da Guarda e de Castelo Branco através das escolas superiores de saúde. A sede deste Centro é no edifício da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior.
O diploma explica que «o principal objectivo» desta nova estrutura é «o avanço e a aplicação do conhecimento e da ciência na melhoria da saúde». O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior justifica que o centro «potencia as capacidades de cada uma das instituições. O aproveitamento organizado e sistemático das sinergias existentes entre o Centro Hospitalar da Cova da Beira, a Unidade Local de Saúde da Guarda, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, o Centro Hospitalar Tondela Viseu e a Faculdade de Ciências da Saúde possibilita a concretização de um avanço significativo na investigação translacional e no desenvolvimento científico e uma melhoria significativa do ensino médico». O texto destaca ainda «a vontade manifestada» pelas instituições de ensino superior para desenvolverem actividades no domínio do consórico e refere a possibilidade de futuramente se juntarem «outras instituições que pela sua relevância permitam de-senvolver competências dife-renciadoras na dinamização da actividade assistencial, acadé-mica e de investigação».
Partilha e racionalização
de recursos
A portaria estabelece que o novo Centro Académico visa «o aproveitamento efectivo de sinergias nas várias áreas de actuação e potenciação da partilha de recursos humanos altamente diferenciados», «a introdução de programas inovadores e parcerias estra-tégicas que possibilitem avanços qualitativos na participação da comunidade e contribuam para a obtenção de financiamentos externos», «a racionalização e maximização da utilização dos recursos humanos, financeiros e tecnológicos postos à disposição dos seus membros» e «a promoção de uma cultura comum focada na excelência académica e clínica num contexto internacional e de redes transeuropeias».
Determina-se ainda que o Centro deve «estabelecer o foco da actividade na promoção da qualidade dos cuidados prestados às populações com base numa resposta adequada às suas diferentes neces-sidades, aprofundar o inves-timento nas áreas estratégicas e desenvolver ao máximo o potencial disponível, tanto ao nível dos recursos humanos como materiais, assegurando a combinação da investigação básica, translacional e de serviços com os cuidados clínicos e a educação em saúde que são necessários para alcançar melhorias signi-ficativas dos cuidados de saúde».
Os planos anuais de actividades do Centro devem prever «a promoção do desenvolvimento de labo-ratórios colaborativos que estimulem o denvolvimento sistemático de estudantes, investigadores, médicos, enfermeiros e profissionais da área das tecnologias da saúde em actividades de investigação, promovendo novas práticas no ensino da medicina, da enfermagem e das tecnologias da saúde».
Já durante este ano, as unidades de saúde e as instituições que integram o Centro irão desenvolver projectos-piloto «destinados a reforçar a actividade de investigação clínica».