Guarda recebe no dia 8 de Agosto a 83.ª edição da Volta a Portugal em Bicicleta
A inédita ascensão ao Observatório do Parque Eólico de Vila Nova e a incursão em Espanha destacam-se no percurso, apresentado hoje, da 83.ª Volta a Portugal, mais “pobre” em chegadas em alto e “refém” da incógnita W52-FC Porto. Na Guarda, no dia 8 de Agosto, começará a quarta etapa, que terminará em Viseu, cidade que este ano acolherá o já tradicional “Dia de Descanso”.
A apresentação da Volta tardou, mas o percurso da 83.ª edição, que entre 4 e 15 de Agosto vai ligar Lisboa a Gaia, num total de 1.559,7 quilómetros, foi hoje finalmente revelado nos Paços do Concelho de Lisboa, com a prova a expandir fronteiras e “abrir-se” a outro tipo de ciclistas, abdicando da dureza de outros anos, ao prever “só” três chegadas em alto: a Torre aparece logo à terceira etapa, antecedendo a “desconhecida” subida ao ponto mais alto de Miranda do Corvo (5.ª etapa) e a tradicional Senhora da Graça, escalada na véspera do “crono” final.
A organização “suavizou” o traçado – os ciclistas enfrentarão 26 contagens de montanha, menos sete do que no ano passado -, desenhou cinco etapas para “sprinters” e deixou os candidatos à sucessão de Amaro Antunes, o bicampeão em título cuja participação está em dúvida devido à “novela” W52-FC Porto, com menos terreno para fazerem a diferença, já que, além das etapas de montanha e do contrarrelógio, só a chegada à Braga, depois da subida ao Sameiro, pode relevar-se complicada.
As primeiras pedaladas do modesto pelotão, novamente desprovido de equipas do WorldTour, mas com os “dragões” entre os inscritos, serão dadas em 4 de Agosto, no curto e explosivo prólogo de apenas 5,4 quilómetros, com partida e chegada à Praça do Império, perto do Centro Cultural de Belém, “responsável” por atribuir a primeira amarela.
A primeira etapa marcará o início de uma viagem por paragens seguramente quentes, ligando Vila Franca de Xira a Elvas, ao longo de 193,5 quilómetros tendencialmente planos, antes do “salto” dos ciclistas para Espanha.
Muito criticada em anos anteriores pela falta de originalidade do percurso, e pela sua excessiva concentração no Norte/Interior, a organização respondeu nesta edição com Badajoz, ponto de partida da segunda tirada, que acabará em Castelo Branco, 181,5 quilómetros depois. (Mais pormenores na próxima edição do Jornal Terras da Beira)