Hospitais da Covilhã e Viseu avançam com consórcio para reforçar internato médico

O Centro Hospitalar da Cova da Beira e o Centro Hospital Tondela-Viseu estão já a trabalhar na constituição de um consórcio ao nível do internato médico, na formação específica. A ideia também foi lançada às Unidades Locais de Saúde da Guarda e de Castelo Branco, mas ainda não está em fase de concretização. O objectivo é ganhar escala, conseguir idoneidade formativa em mais especialidades e aumentar o número de internos nos hospitais envolvidos.

O Centro Hospitalar da Cova da Beira e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu estão a trabalhar na constituição de um consórcio formativo ao nível do internato médico na formação específica. O objectivo é ganhar escala para poder alargar a idoneidade formativa a mais especialidades e aumentar o número de médicos nos hospitais da região. A ideia do Centro Hospitalar da Cova da Beira também foi lançada às Unidades Locais de Saúde da Guarda e de Castelo Branco, mas ainda não está em fase de concretização. Contactada a administração da ULS da Guarda confirmou que o projecto ainda está numa fase embrionária, mas que é uma ideia para abraçar. O presidente do Centro Hospitalar da Cova da Beira, Miguel Castelo-Branco, acredita que apesar do projecto estar mais adiantado entre a Covilhã e Viseu, também deverá incluir Castelo Branco e a Guarda. A intenção é que no processo de colocação dos internos que hão-de iniciar formação no início de 2017 já seja possível ter a ideia implementada. O dirigente do CHCB acredita que se o processo avançar com a Guarda e Castelo Branco até finais de Abril «será viável» para iniciar este novo modelo envolvendo as quatro instituições.
A parceria entre CHCB e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu está já avançar na área da Anestesiologia. Miguel Castelo-Branco evidencia que se trata de uma área «extremamente importante e transversal». Associando as duas unidades hospitalares aumenta a capacidade formativa e será possível «ter mais internos» a fazer formação nestas duas instituições. Na prática, a formação dos internos será repartida entre Viseu e a Covilhã, como de resto já acontece em algumas valências. E isso não é propriamente uma desvantagem para os médicos. «Dentro da especialidade é necessário que os médicos tenham uma formação vasta. Não apenas em realidades como as dos hospitais da nossa dimensão», sustenta Miguel Castelo-Branco.
Com o envolvimento das outras duas unidades de saúde, Miguel Castelo-Branco aponta a Psiqiuiatria como uma das áreas onde seria possível fazer associação. O hospital da Covilhã não tem idoneidade formativa, mas a ULS de Castelo Branco tem.
O dirigente do CHCB realça a mais valia desta parceria para os hospitais da região com limitações ao nível de recursos humanos. «A idoneidade formativa só pode ser atribuída mediante o cumprimento de determinados requisitos. É por aí que se levantam alguns problemas aos hospitais da região para poderem fazer formação», referiu ao TB Miguel Castelo-Branco. Em alguns serviços existem poucos profissionais e por isso «há limitação de acção o que faz com que haja um leque restrito de especialidades em que é possível fazer formação». «É interessante verificar que há um conjunto de especialidades onde hoje é viável fazer formação quando alguns anos atrás não era e quer dizer que tem havido uma melhoria. Mas mesmo assim existem oportunidades que não podem ser aproveitadas», reforça. A ideia de criar este consórcio, «de pelo menos duas unidades de saúde, é para que haja capacidade em conjunto de cumprir os tais requisitos permitindo a abertura de mais vagas de especialidades e noutras áreas ou eventualmente mais tempo de formação na especialidade na nossa região». Com a colocação de internos «aumenta o número de médicos com potencialidade de se fixar na região», constata Miguel Castelo-Branco.
O internato médico é realizado após a conclusão da licenciatura em Medicina. Os médicos têm de realizar primeiro o Ano Comum, que tem a duração de 12 meses e depois o internato na formação específica que tem a duração de um período de três a seis anos.

Elisabete Gonçalves
elisagoncalves.terrasdabeira@gmpress.pt

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