Instituições de Ensino Superior da Beira Interior unidas para intervenção na velhice
As três instituições de Ensino Superior da Beira Interior vão estabelecer um consórcio que visa a implantação de projectos de investigação e intervenção na velhice. O protocolo que estabelece a parceria entre a Universidade da Beira Interior (UBI), sediada na Covilhã, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) foi hoje assinado pelos três responsáveis máximos destas instituições, numa cerimónia realizada naquela primeira cidade.
O documento prevê a constituição do “Consórcio Idade Mais (CI+)”, que poderá envolver outras entidades, tendo como base uma rede de acção e colaboração que permita implantar projectos de investigação e intervenção conjuntos para a promoção de um envelhecimento digno e bem-sucedido.
Durante a cerimónia hoje realizada, o reitor da UBI, António Fidalgo, sublinhou a importância desta parceria como forma de dar resposta ao «grande desafio demográfico» que enfrenta a região da Beira Interior, uma das mais envelhecidas país. «Tendo em conta os tempos que se aproximam, todos somos poucos para fazer face aos grandes desafios que se aproximam e temos de juntar as mãos para fazer face a estes desafio», disse, lembrando que entre esses desafios também se coloca a questão da captação de alunos. António Fidalgo defendeu a ideia de que não se pode olhar para a velhice como uma desvantagem.
O presidente do IPG, Constantino Rei, lembrou que o importante agora é implantar no terreno os projectos que venham a ser delineados, sem esquecer as oportunidades que os fundos comunitários podem representar. «O importante é que estes consórcios tenham tradição prática em acções concretas que visem, por exemplo, a melhoria das condições de vida dos idosos ou a criação de soluções de ocupação para os que deixam a vida activa, mas que ainda têm muitos anos de vida», afirmou.
Os três responsáveis salientaram ainda o «simbolismo» e o «importante sinal» que este consórcio representa em termos do reforço da cooperação entre as três instituições que têm vindo a estabelecer outras parcerias entre si. «Demonstra que não estamos de costas voltadas, nem a competir uns contra os outros e que estamos prontos para trabalhar juntos em prol de um objectivo comum, que é o desenvolvimento desta região e o aproveitamento das sinergias que existem nas três instituições», apontou Constantino Rei.
O presidente do IPCB, Carlos Maia, mostrou-se confiante de que este consórcio terá bons resultados e traçou já desafios para o futuro, apontando a eventual criação na região de um doutoramento nesta área. «Temos pessoas doutoradas na área, temos produção científica que já não é escassa e portanto podemos inclusivamente pensar num programa doutoral, que me parece que fará todo o sentido funcionar na região».