Investigações ao acidente ocorrido em França serão feitas também em Portugal e Suíça

As investigações do processo judicial que envolve o proprietário e o condutor da carrinha, cujo acidente em França provocou 12 mortos, todos portugueses, vão ser estendidas a Portugal e à Suíça, disse hoje à agência Lusa fonte oficial. Contactado telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa, Pierre Gagnoud, procurador de Moulins, localidade próxima do local do acidente, disse que, para que o processo judicial possa avançar, terão de ser feitas investigações nos países de partida e de destino da viatura.

Salientando que não pode adiantar mais informações, o procurador francês confirmou a detenção preventiva do condutor, de 19 anos, natural de Carapito (Aguiar da Beira) e do tio, proprietário da carrinha de seis lugares que se despistou numa estrada em França, provocando a morte dos 12 passageiros, todos de nacionalidade portuguesa.

Pierre Gagnoud confirmou também as acusações de homicídio e de ferimentos involuntários agravados de que tio e sobrinho estão já formalmente acusados. O responsável do Ministério Público francês indicou que não pode, para já, adiantar quaisquer outros pormenores sobre a questão, alegando que o caso está sob investigação.

Hoje de manhã, o advogado do jovem motorista português, Antoine Jauvat, citado pela agência France Presse, afirmou que o seu cliente tem respondido «com sinceridade» aos inquiridores da investigação, apesar de não conseguir lembrar-se dos pormenores do acidente. «(O condutor da carrinha) respondeu com sinceridade aos investigadores, mas não consegui explicar, para já, as circunstâncias do acidente. Está com um dificuldades em lembrar-se do que aconteceu, Apenas se recorda dos socorristas», disse Antoine Jauvat.

Segundo os advogados, os dois homens estão «profundamente marcados», pois também têm familiares entre as vítimas. «Foi por essa razão que eles afirmaram desejar pôr fim às suas vidas, razão pela qual foram imediatamente levados para a ala de psiquiatria», acrescentou o advogado do proprietário da carrinha, William Hillairaud.

As 12 vítimas, que viviam na Suíça, deslocavam-se a Portugal para passar a Páscoa numa carrinha de seis lugares.

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