Mais de 16 mil guardenses participaram nos rastreios oncológicos A Unidade Local de Saúde da Guarda

A (ULS) é entre as oito unidades de cuidados de saúde primários da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro a que registou a maior taxa de adesão nos rastreios do cancro da mama e do colo do útero em 2014. No primeiro foram rastreadas 9.908 mulheres, das 13.661 convidadas, o que perfaz um total de 72,5 por cento. No segundo, das 12.944 convidadas, 6.957 participaram, o que equivale a 53,7 por cento. No rastreio do cancro colo-rectal, ao exemplo do que acontece com outras três unidades de cuidados de saúde primários da ARS do Centro, designadamente Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Baixo Vouga, ACES Cova da Beira e ULS de Castelo Branco, a ULS da Guarda não aparece na lista.

RELATORIO CANCRO-11 RELATORIO CANCRO-12

Os números são revelados no relatório “Portugal – Doenças Oncológicas em Números 2015”, apresentado há exactamente uma semana pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), que conclui que «continuamos a ter assimetrias significativas na cobertura geográfica» dos rastreios oncológicos de base populacional. «Embora se note um aumento dos programas de rastreio de cancro colo-rectal, a expansão acelerada a todas as regiões é uma prioridade», defende o relatório. «O aumento significativo da taxa de cobertura, para o Rastreio do Cancro do Colo do Útero, foi apenas atingido em 2015. No 1º Semestre atingiu-se uma taxa de cobertura geográfica de 72 por cento, com a cobertura completa da Região Norte. Persiste por cobrir a Região de Lisboa e Vale do Tejo», destaca o documento, que recomenda «promover a igualdade inter-regional, no acesso aos rastreios oncológicos» e «generalizar o programa de rastreio do cancro colo-rectal». É o aumento verificado neste tipo de cancro que motiva o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas a defender a generalização do programa de rastreio a todo o país. «O cancro colo-rectal é uma prioridade indesmentível, pelo aumento crescente e pela situação relativa do país, sendo ainda incipentes os rastreios no terreno. Só apostas na prevenção poderão modificar sensivelmente o actual panorama», lê-se nas notas finais do relatório da Direcção-Geral da Saúde. As assimetrias regionais registam-se noutros tipos de cancro, «com resultados mais desfavoráveis nas zonas do Interior». Há mais cancro do estômago no Norte e no Interior, que estará relacionado com hábitos alimentares. A mesma assimetria Interior/Litoral mostram os dados referentes ao cancro do cólon. Uma das principais conclusões do relatório, que sublinha «o peso das doenças oncológicas tanto em carga de doença como nos encargos dos cuidados associados», é que «a mortalidade por cancro desceu ligeiramente, no último ano, quando avaliada a mortalidade padronizada, ou seja, descontando o efeito de envelhecimento da população. «De uma forma global, assistiu-se, em 2014, a uma melhoria na acessibilidade dos doentes aos tratamentos oncológicos registando-se, em simultâneo, um aumento do número de cirurgias efectuadas no período em análise», diz a DGS. Comparativamente com outros países europeus, «verifica-se que a mortalidade por doença oncológica situa-se abaixo da média europeia, beneficiando Portugal de um histórico menor consumo de tabaco, a que corresponde uma menor taxa de cancro do pulmão e de mortalidade associada». Ainda assim, ressalva, «o cancro do pulmão é o mais letal em Portugal, sendo responsável por 3 927 óbitos verificados em 2014, o que dá uma média superior a 10 mortes por dia». GM

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