Marcelo Rebelo de Sousa vai ouvir autarca de Almeida sobre fecho de balcão da CGD
O Presidente da República confirmou Segunda-feira que se encontrará com o presidente da Câmara de Almeida para ouvir o autarca a propósito do encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas admitiu não ter soluções. «Eu não tenho solução nenhuma. Vou ouvir o senhor presidente da Câmara», disse Marcelo Rebelo de Sousa quando questionado se iria encontrar-se com o autarca de Almeida que na passada Segunda-feira, a par de outros autarcas e habitantes do concelho, se concentrou junto das instalações da agência da CGD de Vilar Formoso numa acção de protesto contra o fecho do balcão.
O presidente desta autarquia, António Baptista Ribeiro, adiantou à agência Lusa que no próximo dia 16 [Terça-feira da próxima semana] será recebido, em Lisboa, pelo Presidente da República e que no dia seguinte, pelas 14:00, haverá um novo encontro de habitantes e de autarcas em Vilar Formoso. «Não vamos desistir. Vai haver outras formas de luta e de intervenção que, a seu tempo, vão ser divulgadas», prometeu o autarca.
Na passada semana, o vice-presidente da Câmara de Almeida disse à agência Lusa que a autarquia está disponível para dialogar com a administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) desde que a tesouraria se mantenha na sede de concelho.
Nesse dia, a CGD anunciou que continua disponível para instalar uma área automática na sede da Câmara de Almeida, com o apoio temporário de trabalhadores do banco, depois de na Terça-feira da semana passada ter recusado receber o presidente do município.
O vice-presidente da autarquia disse que o município não aceita esta proposta da Caixa. «A Câmara Municipal exige que na sede do concelho de Almeida fiquem todos os serviços da CGD, incluindo os serviços de tesouraria.
A administração da CGD declarou-se «disponível» para reunir com o presidente da Câmara Municipal de Almeida, em reação às críticas feitas pelo dirigente dos Autarcas Social Democratas (ASD), Álvaro Amaro. O autarca tinha solicitado à administração da CGD que pedisse desculpa ao presidente da Câmara de Almeida pelo cancelamento de uma reunião após a ocupação da agência.
Por seu lado, a Comissão Política Distrital da Guarda do CDS-PP mostrou-se solidária com a população de Almeida, que luta contra o encerramento da agência local da CGD, e pediu a intervenção do primeiro-ministro.