Ministério da Saúde abre 20 vagas para jovens médicos nos hospitais da região

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O concurso que esteve aberto nos últimos dias para contratar jovens médicos tinha 20 vagas para os três hospitais da região em 11 especialidades. Para a ULS da Guarda havia vagas em sete especialidades, mas ficou de fora mais uma vez Cardiologia, uma valência altamente carenciada. O director clínico da ULS da Guarda, Gil Barreiros, acredita que vai haver internos interessados em algumas especialidades, mas lamenta que não tenha sido incluída Cardiologia.

steve aberto nos últimos dias um concurso para a contratação urgente de 349 médicos nas unidades de saúde com estatuto Entidade Pública Empresarial (EPE). O procedimento lançado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) previa 20 vagas para os três hospitais da região, em 11 especialidades. Para a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, o concurso abre a possibilidade de contratar jovens especialistas nas áreas de Anestesiologia, Ginecologia/Obstetrícia, Hematologia Clínica, Medicina Interna, Ortopedia, Pneumologia e Psiquiatria, havendo uma vaga para cada uma das valências. Para o director clínico da ULS da Guarda, Gil Barreiros, esta é uma oportunidade para os médicos internos que estão a terminar a formação na Guarda puderem vir a fixar-se nesta cidade. E espera que isso possa acontecer em algumas das especialidades abrangidas pelo concurso. Noutros casos, como o exemplo da Hematologia Clínica, Gil Barreiros entende que será mais difícil de preencher a vaga. O concurso tinha um total de seis vagas distribuídas também pelo Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, Centro Hospitalar de Trás -os -Montes e Alto -Douro, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Instituto Português de Oncologia de Lisboa e Hospital Espírito Santo de Évora. O director clínico evidencia a mais valia do concurso incluir vagas em especialidades carenciadas na Guarda, como o caso da Ortopedia, mas também lamenta que tenha sido deixada de fora Cardiologia, uma valência «altamente deficitária». As nove vagas previstas no concurso foram distribuídas pelo Centro Hospitalar do Médio Ave, Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, ULS de Castelo Branco, Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Centro Hospitalar do Médio Tejo, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, ULS do Norte Alentejano e Centro Hospitalar do Algarve (2 ).
Com este concurso a ULS de Castelo Branco terá possibilidade de admitir especialistas nas áreas de Anestesiologia, Cardiologia , Cirurgia Geral, Ginecologia/Obstetrícia, Medicina Interna, Ortopedia, Pediatria e Psiquiatria, também uma vaga para cada uma delas. E o Centro Hospitalar da Cova da Beira tem uma vaga em Cirurgia Geral, Medicina Interna, Pediatria, Psiquiatria e Reumatologia.
O concurso destina-se a contratar os médicos especialistas que tenham realizado e concluído o internato médico, não sejam detentores de uma relação jurídica de emprego por tempo indeterminado. Os interessados tiveram apenas cinco dias para se candidatarem, tendo o prazo terminado esta Segunda-feira. Um prazo que a ACSS justifica por se tratar de uma contratação «urgente» permitindo, assim, «com a maior brevidade possível, colmatar as necessidades mais prioritárias dos serviços e estabelecimentos».

Concursos não têm sido positivos
para a região
Nos últimos anos têm sido vários os concursos para admissão de médicos para os hospitais da região que têm ficado desertos. A falta de médicos interessados em fixar-se na Guarda tem por isso agravado a carência de profissionais em determinadas especialidades. Números divulgados pela Administração Regional de Saúde do Centro referentes à primeira época de 2016 indicaram que das 16 vagas colocadas a concurso para admissão de especialistas este ano na ULS da Guarda apenas quatro foram preenchidas. As especialidades de Medicina Interna, Pediatria, Psiquiatria e Saúde Pública foram as únicas que cativaram profissionais. O cenário repetiu-se nos hospitais da Covilhã e de Castelo Branco. No Centro Hospitalar da Cova da Beira foram abertas 23 vagas, mas só cinco lugares é que ficaram ocupados. E na ULS de Castelo Branco das 22 vagas apenas três foram preenchidas. O presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, José Tereso, admitiu que a colocação de médicos da área hospitalar «continua a ficar aquém das necessidades», sobretudo nestes hospitais.

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