Ministro desvalorizou preocupações do presidente do Politécnico da Guarda sobre dificuldades financeiras

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assegurou que o Politécnico da Guarda não terá problemas em pagar salários aos professores e funcionários como aconteceu recentemente. O governante, que visitou o IPG esta Segunda-feira, defendeu que dificuldades financeiras resolvem-se com mais oportunidades e propôs a criação de um Observatório do Conhecimento para a Beira, com Guarda, Viseu e Castelo Branco.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor disse que o Instituto Politécnico da Guarda não terá problemas para pagar salários aos professores. «Certamente não terá esse problema», disse o governante no final de uma visita ao Politécnico da Guarda, quando confrontado quando as preocupações do presidente da instituição sobre prováveis dificuldades financeiras tendo em conta a intenção do Ministério em manter os orçamentos para politécnicos e universidades. Recorde-se que o orçamento atribuído revelou-se insuficiente para cumprir todos os compromissos e o IPG teve de receber um reforço financeiro nomeadamente para pagamento de salários aos professores e funcionários. A tutela pretende manter o valor do orçamento definido, o que corresponde a uma redução de mais de 500 mil euros face à verba atribuída anteriormente. O ministro reconheceu que o IPG teve «problemas no passado recente», mas defendeu que «as dificuldades financeiras resolvem-se com mais oportunidades que têm de ser percebidas. Estamos cá para trabalhar nas oportunidades porque só as oportunidades resolvem os problemas». «Por isso é que temos de ajudar o Politécnico a valorizar-se porque só desenvolvendo é que se resolvem os problemas», sublinhou o governante à entrada de uma reunião de trabalho com a presidência do Politécnico. Mais tarde, num encontro com docentes e investigadores da instituição, o ministro reiterou a necessidade de identificar «oportunidades» e apelou à criatividade pedindo ideias para que IPG se possa diferenciar e adequar à realidade local. «Há oportunidades para crescer e é preciso saber aproveitar usando a capacidade instalada», sublinhou. Manuel Heitor lançou o desafio para que se crie um Observatório do Conhecimento para a Beira, com o envolvimento das instituições de ensino, arquivos, museus da Guarda, de Viseu e Castelo Branco. O ministro defendeu que o problema não será de verbas, tendo em conta a possibilidade de recorrer aos fundos comunitários, mas «o problema é mobilizar ideias».
O ministro rejeitou a ideia de que há instituições em Portugal defendendo que «há é estudantes a menos» no Ensino Superior. Manuel Heitor sustentou que isso é um potencial de crescimento para as instituições que têm de trazer mais estudantes, adequando a oferta formativa. «A oferta formativa tem de evoluir», reforçou. O governante defendeu ainda que «urge» reformular a formação curta, nomeadamente os Cursos Técnicos Superiores Profissionais para «flexibilizar a entrada e a saída» destes cursos.
No encontro com os professores, o governante foi confrontado com as dificuldades que alguns professores estão a ter para prosseguir e concluir a formação sob pena de serem despedidos e com a necessidade de reequipar os laboratórios do Politécnico tendo em conta a idade e uso dos equipamentos actuais. O ministro assegurou que a sua agenda não é «pôr docentes no desemprego nem encerrar instituições».

Elisabete Gonçalves
elisagoncalves.terrasdabeira@gmpress.pt

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