Ministro do Ambiente afirmou hoje que o Governo prepara plano para ter lince na Serra da Malcata em 3 a 4 anos

Cae el dia para este gatazo, joya carnívora de Iberia. Orgulloso, altivo, y ahora mimado, con poco mas de cien hermanos vivos en el planeta. Otra de mis composiciones en "L", esta vez invertida, solo quebrada por el torso del felino.

O presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites, revelou na semana passada que a Reserva Natural da Serra da Malcata (RNSM) tinha sido excluída do Plano Nacional de Reintrodução de Linces há cerca de um ano, decisão que classificou como «vergonhosa e lamentável». Uma denúncia que levou o Bloco de Esquerda (BE) a pedir esclarecimentos ao Governo.
Hoje, o ministro do Ambiente Governo informou que o Governo está a preparar um plano para reintroduzir o lince ibérico na Serra da Malcata, o que poderá acontecer dentro de três a cinco anos. “Vamos em Maio, quando abrem as próximas candidaturas do POSEUR [programa operacional sustentabilidade e eficiência no uso de recurso] no domínio da conservação da natureza, apresentar uma candidatura para reintroduzir o lince na Serra da Malcata”, disse à agência Lusa João Matos Fernandes.
“A expectativa de sucesso que temos é de em três, quatro, cinco anos podermos ter condições para que o lince possa voltar à Serra da Malcata”, referiu.
Para cumprir este objectivo, “é fundamental que também o Estado cumpra a sua função” com a instalação de alguns cercados com coelho bravo e pequenas mudanças, como “fazer alguns pequenos prados, com mosaicos na paisagem que tenham zonas de refúgio, tanto para o lince como para as presas, em comum e em associação com a gestão daquele espaço como uma zona de caça”, explicou o ministro.
“Acredito que, no final deste ano, já estaremos em condições de poder iniciar no terreno as intervenções que conduzirão a que, num prazo que infelizmente nunca será muito curto, volte a haver lince na Serra da Malcata”, realçou o governante.
A existência de alimento, ou seja, coelhos bravos, é fundamental para a decisão de libertar os linces.
A densidade de coelhos bravos por hectare recenseada na Serra da Malcata era de 0,29 quando o programa LIFE, que tem financiado a reintrodução do lince na Península Ibérica, diz que tem de haver um mínimo de dois coelhos bravos por hectare, lembrou João Matos Fernandes.
Assim, concluiu, “não há quaisquer condições para hoje poder reintroduzir o lince na Serra da Malcata”.
O lince tem sido introduzido em Portugal com sucesso, ainda que seja uma experiência recente, no Vale do Guadiana, onde há densidade “da ordem dos 3,5 coelhos bravos por hectare, tudo isto em zonas de caça ordenada”, frisou ainda.
Desde 2005, existe um plano de ordenamento territorial na Serra da Malcata que “claramente aponta a caça como uma actividade económica importante também para a melhoria do habitat”, nomeadamente pela introdução de espécies autóctones, como coelhos bravos, o alimento do lince.

O website do Terras da Beira utiliza cookies para melhorar e personalizar a sua experiência de navegação. Ao continuar a navegar está a consentir a utilização de cookies Mais informação

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close